terça-feira, junho 29, 2004
One Million Dollar Idea
Do Meio & Mensagem:
"A editora Edições Inteligentes (Ei) prepara ação promocional para a segunda edição da Festa Literária Internacional de Parati (Flip). A Ei fechou parceria com 15 bares e restaurantes do centro histórico da cidade, que servirão bebidas em copos de vidro com mensagens estampadas da editora, como 'Publique seu livro. Me pergunte como'."
Pena que a edição com certeza é paga pelo bolso do escritor-etílico.
Do Meio & Mensagem:
"A editora Edições Inteligentes (Ei) prepara ação promocional para a segunda edição da Festa Literária Internacional de Parati (Flip). A Ei fechou parceria com 15 bares e restaurantes do centro histórico da cidade, que servirão bebidas em copos de vidro com mensagens estampadas da editora, como 'Publique seu livro. Me pergunte como'."
Pena que a edição com certeza é paga pelo bolso do escritor-etílico.
Vai dar palestra para vendedoras da Avon
- Posso não ser bom em nada, mas em preleção eu sou.
Pois é, ele finalmente admitiu. Abel Braga é mais um técnico na linha do "vamu lá", que não sabe nada de futebol e deveria ter saído do esporte quando Rondinelli cabeceou aquela bola fenomenal por cima dele na final do estadual de 1978.
Abel está pronto para escalar um meio campo com quatro volantes na quarta-feira. Retranquiero de marca maior, está destruíndo o Flamengo, junto com os não-profissionais do Fla-Futebol.
Esta final da Copa do Brasil é uma aberração, e só estamos nela porque os outros clubes decentes estavam na Libertadores e não disputaram a competição. Fora treinador vascaíno, máfia dos profissionais do power point, torcida organizada cambista e toda corja que destrói o Flamengo há anos.
- Posso não ser bom em nada, mas em preleção eu sou.
Pois é, ele finalmente admitiu. Abel Braga é mais um técnico na linha do "vamu lá", que não sabe nada de futebol e deveria ter saído do esporte quando Rondinelli cabeceou aquela bola fenomenal por cima dele na final do estadual de 1978.
Abel está pronto para escalar um meio campo com quatro volantes na quarta-feira. Retranquiero de marca maior, está destruíndo o Flamengo, junto com os não-profissionais do Fla-Futebol.
Esta final da Copa do Brasil é uma aberração, e só estamos nela porque os outros clubes decentes estavam na Libertadores e não disputaram a competição. Fora treinador vascaíno, máfia dos profissionais do power point, torcida organizada cambista e toda corja que destrói o Flamengo há anos.
Sem rótulos
Não foi o Paulo Pires quem escreveu a passagem abaixo, mas ele também tratou do assunto no seu último artigo no No.Mínimo:
"A vida literária brasileira passa por um evidente processo de reconstrução. São jovens escritores debatendo-se contra classificações (até a de 'jovens escritores'), não-tão-jovens defendendo suas cidadelas, outros poucos despontando como best sellers de nível internacional e todos eles ocupando em bloco cada vez mais prateleiras nas livrarias. Um bom momento para voltar ao século XIX e refletir, a partir de um episódio menor na literatura francesa, sobre uma parte significativa nesta cena literária, a dos críticos e as relações que estabelecem com seus contemporâneos."
Não foi o Paulo Pires quem escreveu a passagem abaixo, mas ele também tratou do assunto no seu último artigo no No.Mínimo:
"A vida literária brasileira passa por um evidente processo de reconstrução. São jovens escritores debatendo-se contra classificações (até a de 'jovens escritores'), não-tão-jovens defendendo suas cidadelas, outros poucos despontando como best sellers de nível internacional e todos eles ocupando em bloco cada vez mais prateleiras nas livrarias. Um bom momento para voltar ao século XIX e refletir, a partir de um episódio menor na literatura francesa, sobre uma parte significativa nesta cena literária, a dos críticos e as relações que estabelecem com seus contemporâneos."
segunda-feira, junho 28, 2004
Tapa na cara
"Mas sei que não mereço, eu mesmo não faria esses elogios para ninguém. Como não faço para outros, que merecem ainda menos, e ganham ainda mais, elogios em forma de palavrão, vazios, os novos adjetivos: ducaralho, putalento, fodaço.
Talvez sejamos todos uma farsa, alimentada por nós mesmos, a geração de farsantes, que se auto-elogiam, como a minhoca que come o próprio rabo, sujo, cheio de merda, mas não procria. Somos um bando de hermafroditas sociais."
Adivinhem quem escreveu isso?
"Mas sei que não mereço, eu mesmo não faria esses elogios para ninguém. Como não faço para outros, que merecem ainda menos, e ganham ainda mais, elogios em forma de palavrão, vazios, os novos adjetivos: ducaralho, putalento, fodaço.
Talvez sejamos todos uma farsa, alimentada por nós mesmos, a geração de farsantes, que se auto-elogiam, como a minhoca que come o próprio rabo, sujo, cheio de merda, mas não procria. Somos um bando de hermafroditas sociais."
Adivinhem quem escreveu isso?
sexta-feira, junho 25, 2004
Técnico ganha jogo?
A velha pergunta do futebol teve novo capítulo ontem. Felipão adiantou todo o time português e tanto sufocou a Inglaterra que empatou. Foi ele quem ganhou o jogo? Não sei, mas o culpado pela derrota inglesa tem nome, e não é na língua da Rainha: Sven Goran Ericksson.
O sueco jogou fora um time que, na minha opinião, tinha tudo para conquistar o título. Recuou a equipe contra a França e acabou tomando a virada de Zidane nos acréscimos. Quando soltou o time, contra Suiça e Croácia, foram sete gols em dois jogos.
Contra Portugal, Ericksson desmanchou o meio campo tirando Scholes e Gerrard, e colocando Beckham jogando como ala recuado. Chamou Portugal para o empate. Burrice sueca.
Muito legal ver um jogo assim. Para quem, como eu, assiste 300 jogos por ano, ver um joguinho bom é um alento.
A velha pergunta do futebol teve novo capítulo ontem. Felipão adiantou todo o time português e tanto sufocou a Inglaterra que empatou. Foi ele quem ganhou o jogo? Não sei, mas o culpado pela derrota inglesa tem nome, e não é na língua da Rainha: Sven Goran Ericksson.
O sueco jogou fora um time que, na minha opinião, tinha tudo para conquistar o título. Recuou a equipe contra a França e acabou tomando a virada de Zidane nos acréscimos. Quando soltou o time, contra Suiça e Croácia, foram sete gols em dois jogos.
Contra Portugal, Ericksson desmanchou o meio campo tirando Scholes e Gerrard, e colocando Beckham jogando como ala recuado. Chamou Portugal para o empate. Burrice sueca.
Muito legal ver um jogo assim. Para quem, como eu, assiste 300 jogos por ano, ver um joguinho bom é um alento.
quarta-feira, junho 23, 2004
Oh, céus!
Ontem estive na festa surpresa do amigo Marcelo Moutinho. Começamos às 19h, conversando, bebendo, até que o aniversariante, que não desconfiava de nada, apareceu na Livraria/Sebo Al Farabi, local da comemoração. Tudo normal, festa comportada, até que nos colocaram para fora 23h30. Foi aí, amigos, especialmente para os que foram embora, que a festa começou.
Como já tá virando praxe, buscamos um bar para a saidera. O primeiro local foi vetado. Um sujeito que estava na rua não aconselhou subir no estabelecimento com a companhia de moças. Recado entendido. "Mas tem um boteco na Buenos Aires com Karoêke".
Pronto, era a tosqueira que queríamos. Sem mais delongas, vamos as provas (com mais duas fotos roubadas do Gosto de Samba):
Garçom(nete)
Eu e Bá "cantando" Pelados em Santos
Bá e Marcelo
Rosana tenta agradar o público
Audiência seleta
Esse não gostou
Ontem estive na festa surpresa do amigo Marcelo Moutinho. Começamos às 19h, conversando, bebendo, até que o aniversariante, que não desconfiava de nada, apareceu na Livraria/Sebo Al Farabi, local da comemoração. Tudo normal, festa comportada, até que nos colocaram para fora 23h30. Foi aí, amigos, especialmente para os que foram embora, que a festa começou.
Como já tá virando praxe, buscamos um bar para a saidera. O primeiro local foi vetado. Um sujeito que estava na rua não aconselhou subir no estabelecimento com a companhia de moças. Recado entendido. "Mas tem um boteco na Buenos Aires com Karoêke".
Pronto, era a tosqueira que queríamos. Sem mais delongas, vamos as provas (com mais duas fotos roubadas do Gosto de Samba):
Garçom(nete)
Eu e Bá "cantando" Pelados em Santos
Bá e Marcelo
Rosana tenta agradar o público
Audiência seleta
Esse não gostou
terça-feira, junho 22, 2004
Spammers jornalistas
Eu entendo o aperto de alguns coleguinhas, mas tem coisa mais chata que receber diariamente duas ou três mensagens no Orkut de jornalistas que querem depoimentos de pessoas x para matérias que estão fazendo?
E ainda tem a pachorra de colocar urgente na mensagem. Lógico que é urgente, para um jornalista recorrer a span no orkut para achar personagens só pode ser muito desespero ou baita preguiça.
Aliás, talvez tenha coisa mais chata que receber spam no Orkut. O próprio.
Eu entendo o aperto de alguns coleguinhas, mas tem coisa mais chata que receber diariamente duas ou três mensagens no Orkut de jornalistas que querem depoimentos de pessoas x para matérias que estão fazendo?
E ainda tem a pachorra de colocar urgente na mensagem. Lógico que é urgente, para um jornalista recorrer a span no orkut para achar personagens só pode ser muito desespero ou baita preguiça.
Aliás, talvez tenha coisa mais chata que receber spam no Orkut. O próprio.
segunda-feira, junho 21, 2004
Responda rápido
O que temos mais no Brasil: livrarias ou editoras?
Pois se enganou quem respondeu livrarias. A situação é calamitosa, meus caros. Enquanto vários apaixonados seguem escrevendo, muitos estão editando - alguns às custas do próprio autor que paga TODA a edição do próprio bolso - e quase ninguém anda lendo.
O gargalo não é só desinteresse do público, mas falta de acesso ao livro. Enquanto a balança da quantidade de livrarias e editoras pender para a segunda, as coisas estarão muito erradas.
Vejam essa informação recolhida no Publish News:
"Muito se discute sobre o número de livrarias existentes no Brasil. Os números variam de 500 a 5 mil e, como já é comum no mercado editorial, costumam ser baseados no feeling, se quisermos ser elegantes, ou no chute mesmo, se quisermos ser realistas. Agora, a Associação Nacional de Livrarias está finalizando uma pesquisa sobre o número de livrarias brasileiras. Números prévios apontam pelo menos 1.400 "livrarias puras" no país."
Só para constar, o número de editoras no Brasil, desde as majors até aquelas que publicam apenas um livro por ano, é de pelo menos 2 mil.
O que temos mais no Brasil: livrarias ou editoras?
Pois se enganou quem respondeu livrarias. A situação é calamitosa, meus caros. Enquanto vários apaixonados seguem escrevendo, muitos estão editando - alguns às custas do próprio autor que paga TODA a edição do próprio bolso - e quase ninguém anda lendo.
O gargalo não é só desinteresse do público, mas falta de acesso ao livro. Enquanto a balança da quantidade de livrarias e editoras pender para a segunda, as coisas estarão muito erradas.
Vejam essa informação recolhida no Publish News:
"Muito se discute sobre o número de livrarias existentes no Brasil. Os números variam de 500 a 5 mil e, como já é comum no mercado editorial, costumam ser baseados no feeling, se quisermos ser elegantes, ou no chute mesmo, se quisermos ser realistas. Agora, a Associação Nacional de Livrarias está finalizando uma pesquisa sobre o número de livrarias brasileiras. Números prévios apontam pelo menos 1.400 "livrarias puras" no país."
Só para constar, o número de editoras no Brasil, desde as majors até aquelas que publicam apenas um livro por ano, é de pelo menos 2 mil.
Um brinde - post homenagem
Sexta no Escravos da Mauá e ontem no Semente boa parte do repertório foi em tom de homenagem ao Chico. É impressionante como o compositor, cantor, escritor e peladeiro é adorado e reverenciado. Merece. Genealidade que encanta qualquer um.
Dizem que ele, tímido que só para fazer shows, toma porre homéricos antes de cada apresentação. Dedico para Chico Buarque, então, toda cerveja que bebi neste fim de semana.
Tin tin.
Sexta no Escravos da Mauá e ontem no Semente boa parte do repertório foi em tom de homenagem ao Chico. É impressionante como o compositor, cantor, escritor e peladeiro é adorado e reverenciado. Merece. Genealidade que encanta qualquer um.
Dizem que ele, tímido que só para fazer shows, toma porre homéricos antes de cada apresentação. Dedico para Chico Buarque, então, toda cerveja que bebi neste fim de semana.
Tin tin.
quinta-feira, junho 17, 2004
Joelhinho
A imprensa paulista insiste em dizer que Rogério "Joelhinho" Ceni é o melhor goleiro do Brasil. A imprensa carioca é imparcial, mas a de São Paulo não fica atrás. Como um goleiro que não tem reflexo pode ser melhor que Dida e Júlio César? É como dizer que um cantor sem ritmo ou um escritor sem coerência podem ser os melhores do país.
Se bem que...deixa pra lá.
A imprensa paulista insiste em dizer que Rogério "Joelhinho" Ceni é o melhor goleiro do Brasil. A imprensa carioca é imparcial, mas a de São Paulo não fica atrás. Como um goleiro que não tem reflexo pode ser melhor que Dida e Júlio César? É como dizer que um cantor sem ritmo ou um escritor sem coerência podem ser os melhores do país.
Se bem que...deixa pra lá.
quarta-feira, junho 16, 2004
Mais clipping
Essa não dava para deixar passar. Excelente o artigo do Guilherme Fiuza que saiu no No.Mínimo sobre o Oba-oba dominical em torno da passagem da tocha e da Parada do Arco-íris do último domingo.
É espantoso a capacidade de mobilização do brasileiro quando o motivo é "emoção barata"
Essa não dava para deixar passar. Excelente o artigo do Guilherme Fiuza que saiu no No.Mínimo sobre o Oba-oba dominical em torno da passagem da tocha e da Parada do Arco-íris do último domingo.
É espantoso a capacidade de mobilização do brasileiro quando o motivo é "emoção barata"
Baixa em Paraty
Da Coluna do Ancelmo Góis, n'O Globo:
"Baixa em Paraty I
Mestre João Ubaldo Ribeiro desistiu de participar da Festa Literária Internacional de Paraty, o grande encontro de escritores. Decidiu depois de conversar com sua editora, a Nova Fronteira:
'Inferi, pela divulgação, que se trata, basicamente, de realização voltada para autores da Companhia das Letras, apesar do apoio oficial que recebe, o qual não contesto, pois os autores de lá têm grande valor e se trata de evento cultural importante.'
Baixa em Paraty II
O diretor artístico da Festa, jornalista Flávio Pinheiro, diz que Ubaldo é um clássico brasileiro, mas está equivocado:.
'A Festa Literária Internacional de Paraty terá a presença de 37 autores de 16 editoras.'"
Não estive na edição passada, 2003, quando parece que a Companhia das Letras era majoritária mesmo. Mas, desta vez estou com o meu xará Flávio Pinheiro, a diversificação é evidente.
E o mais importante: apesar de se tratar de evento com leve intenção de mercado, a FLIP me parece ser claramente uma festa, apenas para colocar a literatura em evidência, altamente "para cima", ao contrário do clima sisudo mercado-pavilhão das Bienais.
Na minha opinião, bola fora do baiano do Leblon, seguindo pitacos errados vindos da Rua Bambina.
Da Coluna do Ancelmo Góis, n'O Globo:
"Baixa em Paraty I
Mestre João Ubaldo Ribeiro desistiu de participar da Festa Literária Internacional de Paraty, o grande encontro de escritores. Decidiu depois de conversar com sua editora, a Nova Fronteira:
'Inferi, pela divulgação, que se trata, basicamente, de realização voltada para autores da Companhia das Letras, apesar do apoio oficial que recebe, o qual não contesto, pois os autores de lá têm grande valor e se trata de evento cultural importante.'
Baixa em Paraty II
O diretor artístico da Festa, jornalista Flávio Pinheiro, diz que Ubaldo é um clássico brasileiro, mas está equivocado:.
'A Festa Literária Internacional de Paraty terá a presença de 37 autores de 16 editoras.'"
Não estive na edição passada, 2003, quando parece que a Companhia das Letras era majoritária mesmo. Mas, desta vez estou com o meu xará Flávio Pinheiro, a diversificação é evidente.
E o mais importante: apesar de se tratar de evento com leve intenção de mercado, a FLIP me parece ser claramente uma festa, apenas para colocar a literatura em evidência, altamente "para cima", ao contrário do clima sisudo mercado-pavilhão das Bienais.
Na minha opinião, bola fora do baiano do Leblon, seguindo pitacos errados vindos da Rua Bambina.
Tríplice Coroa
Hoje tem Mengão! Maracanã me chama. E ainda querem demolir o gigante. Jamais!
Hoje tem Mengão! Maracanã me chama. E ainda querem demolir o gigante. Jamais!
segunda-feira, junho 14, 2004
Ainda a vela de sete dias
"Foi a maior emoção da minha vida." - Zico
Pô, essa magoou.
"Foi a maior emoção da minha vida." - Zico
Pô, essa magoou.
Eu não vi
Meus pais estavam tranquilamente fazendo compras no Zona Sul da Senador Vergueiro, quando, de repente, começou uma agitação do lado de fora do supermercado. Adivinhem, era a tal da tocha. Quem estava carregando era uma mulher que eles não têm idéia de quem seja. Logo atrás da multidão e do aparato de segurança e organização, vinha um cara vendendo um daqueles trecos de amarrar na cabeça, com a seguinte frase: "Eu vi a tocha".
Cara esperto, deve ter vendido pra cacete. Eu não vi a tocha. Como estava de folga, estava dormindo na casa da Bá, às 11h e alguma coisa quando ela passou debaixo da janela do apartamento dela. "Eu não vi a tocha", mas "Eu vi o cometa Halley" (esse eu vi mesmo, no meio da serra de Teresópolis em 198...), "Eu fui ao Rock in Rio" (II e III).
Frases clássicas. Adiciono mais uma nova um pouco mais restrira, que combina com a do RIR, antes do evento aontecer: "Rock in Rio: Eu vou". Pois é, no caso será:
FLIP: Eu vou
Estarei vendendo o negocinho de amarrar na cabeça nos próximos eventos literários.
Meus pais estavam tranquilamente fazendo compras no Zona Sul da Senador Vergueiro, quando, de repente, começou uma agitação do lado de fora do supermercado. Adivinhem, era a tal da tocha. Quem estava carregando era uma mulher que eles não têm idéia de quem seja. Logo atrás da multidão e do aparato de segurança e organização, vinha um cara vendendo um daqueles trecos de amarrar na cabeça, com a seguinte frase: "Eu vi a tocha".
Cara esperto, deve ter vendido pra cacete. Eu não vi a tocha. Como estava de folga, estava dormindo na casa da Bá, às 11h e alguma coisa quando ela passou debaixo da janela do apartamento dela. "Eu não vi a tocha", mas "Eu vi o cometa Halley" (esse eu vi mesmo, no meio da serra de Teresópolis em 198...), "Eu fui ao Rock in Rio" (II e III).
Frases clássicas. Adiciono mais uma nova um pouco mais restrira, que combina com a do RIR, antes do evento aontecer: "Rock in Rio: Eu vou". Pois é, no caso será:
FLIP: Eu vou
Estarei vendendo o negocinho de amarrar na cabeça nos próximos eventos literários.
Mercado Editorial na PUC
Fonte: Publish News
"A PUC-Rio organiza o I Painel PUC "O Universitário e o Livro" que acontecerá entre os dias 14 e 18 de junho de 2004 no Auditório Pe. Anchieta na sede da universidade (Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea). Com entrada gratuita, o evento será composto por palestras sobre o mercado editorial, entrevistas com novos escritores e uma feira de livros.
O objetivo do Painel é aproximar o mercado editorial do meio acadêmico através da discussão e da reflexão conjunta sobre o acesso do universitário a esse mercado, como leitor, autor e profissional. Entre os convidados estão os editores Jorge Viveiros de Castro (7 Letras) e Alberto Schprejer (Relume-Dumará); o livreiro Rui Campos (Travessa); os autores JP Cuenca, Juva Batella e Simone Campos; a agente literária Ana Maria Santeiro; e editores e pesquisadores da PUC-Rio.
Na programação, destaca-se a mesa-redonda "Acesso ao Livro" (14/6, às 15h), que discutirá preço e distribuição dos livros, informações sobre o mercado na Internet e as bibliotecas públicas e universitárias, contando com a presença de um bibliotecário, um livreiro, um representante de um site literário e um pesquisador da leitura na internet. Outro destaque é a mesa "Os Profissionais do Livro" (17/6, às 15h) onde profissionais de vários setores do mercado editorial comentarão a atual situação do setor."
Muito legal este evento. Vou tentar achar mais informações no site da PUC. Caso ache a programação completa, posto aqui.
Fonte: Publish News
"A PUC-Rio organiza o I Painel PUC "O Universitário e o Livro" que acontecerá entre os dias 14 e 18 de junho de 2004 no Auditório Pe. Anchieta na sede da universidade (Rua Marquês de São Vicente, 225, Gávea). Com entrada gratuita, o evento será composto por palestras sobre o mercado editorial, entrevistas com novos escritores e uma feira de livros.
O objetivo do Painel é aproximar o mercado editorial do meio acadêmico através da discussão e da reflexão conjunta sobre o acesso do universitário a esse mercado, como leitor, autor e profissional. Entre os convidados estão os editores Jorge Viveiros de Castro (7 Letras) e Alberto Schprejer (Relume-Dumará); o livreiro Rui Campos (Travessa); os autores JP Cuenca, Juva Batella e Simone Campos; a agente literária Ana Maria Santeiro; e editores e pesquisadores da PUC-Rio.
Na programação, destaca-se a mesa-redonda "Acesso ao Livro" (14/6, às 15h), que discutirá preço e distribuição dos livros, informações sobre o mercado na Internet e as bibliotecas públicas e universitárias, contando com a presença de um bibliotecário, um livreiro, um representante de um site literário e um pesquisador da leitura na internet. Outro destaque é a mesa "Os Profissionais do Livro" (17/6, às 15h) onde profissionais de vários setores do mercado editorial comentarão a atual situação do setor."
Muito legal este evento. Vou tentar achar mais informações no site da PUC. Caso ache a programação completa, posto aqui.
sexta-feira, junho 11, 2004
Duas do Globo On
Primeiro a positiva, embora o tamanho diminuto:
"Flamengo contrata atacante desconhecido
Globo Online
RIO - O Flamengo anunciou nesta sexta-feira a contratação de Whelliton, de 31 anos. O atacante se apresentará ao treinador Abel Braga na próxima segunda-feira e assinará contrato de um ano.
Whelliton estava defendendo o Beira-Mar, de Portugal, pelo qual não marcou um gol sequer em 21 partidas. O jogador atuou também no Boavista (Portugal), Santos e Córdoba, da Espanha. Seu empresário é o ex-jogador Baltazar.
- Temos boas informações do jogador, que vem compor o grupo. Tem as características que o Abel gosta num atacante e vai nos ajudar, com certeza. Vamos continuar tentando mais um reforço, um atacante, mas isso ainda depende de alguns contatos - disse o diretor-técnico do Flamengo, Júnior."
Minha opinião: É lógico que alguém tá ganhando dinheiro nessa palhaçada. Contratar um atacante de 31 anos, reserva de time de beira de piscina de Portugal, que não marcou um gol sequer, só pode ser peixada. Para não passar batido, Júnior e Baltazar, o empresário do atacante, atuaram juntos no Flamengo.
A segunda matéria (sobre programas para se fazer no "Dia dos Namorados"):
"Faça um jantar em casa - Mas não convide apenas casais. Convide muitos solteiros também. E explique para os casais convidados que eles não podem se juntar para falar sobre três temas: vinhos, móveis de design e férias na Europa."
Esse "programa" está incluído no guia dos "descolados". Pago um tubo de cola Pritt para quem me convencer que existem casais de namorados que se juntam para conversar sobre "móveis de design".
Primeiro a positiva, embora o tamanho diminuto:
"Flamengo contrata atacante desconhecido
Globo Online
RIO - O Flamengo anunciou nesta sexta-feira a contratação de Whelliton, de 31 anos. O atacante se apresentará ao treinador Abel Braga na próxima segunda-feira e assinará contrato de um ano.
Whelliton estava defendendo o Beira-Mar, de Portugal, pelo qual não marcou um gol sequer em 21 partidas. O jogador atuou também no Boavista (Portugal), Santos e Córdoba, da Espanha. Seu empresário é o ex-jogador Baltazar.
- Temos boas informações do jogador, que vem compor o grupo. Tem as características que o Abel gosta num atacante e vai nos ajudar, com certeza. Vamos continuar tentando mais um reforço, um atacante, mas isso ainda depende de alguns contatos - disse o diretor-técnico do Flamengo, Júnior."
Minha opinião: É lógico que alguém tá ganhando dinheiro nessa palhaçada. Contratar um atacante de 31 anos, reserva de time de beira de piscina de Portugal, que não marcou um gol sequer, só pode ser peixada. Para não passar batido, Júnior e Baltazar, o empresário do atacante, atuaram juntos no Flamengo.
A segunda matéria (sobre programas para se fazer no "Dia dos Namorados"):
"Faça um jantar em casa - Mas não convide apenas casais. Convide muitos solteiros também. E explique para os casais convidados que eles não podem se juntar para falar sobre três temas: vinhos, móveis de design e férias na Europa."
Esse "programa" está incluído no guia dos "descolados". Pago um tubo de cola Pritt para quem me convencer que existem casais de namorados que se juntam para conversar sobre "móveis de design".
quarta-feira, junho 09, 2004
Dedos cruzados
Semama decisiva.
Semama decisiva.
terça-feira, junho 08, 2004
Mensagem para um amigo perdido
Pena, Pedro. A vida é tão óbvia que mesmo o acaso é previsível. Quando éramos duas crianças vimos um passarinho bater com a cabeça no vidro uma, duas vezes. Na terceira eu fui atrás, correndo, tentar impedir o suicídio inconsciente do pássaro, mas você segurou meu braço e disse: "Deixa. Tem um espaço entre o vidro e a porta. Ele vai conseguir passar".
Aquele já era você, que não tinha medo de nada, era corajoso, pulou de cabeça do trepa-trepa tentando voar. Quebrou a cabeça, literalmente, operou e tudo. Do sangue eu não lembro, mas de te ver careca, sorrindo, já depois da cirurgia, não me esqueço. Eu, que pulei do mesmo trepa-trepa, quebrei apenas o braço. Eu não tinha sua coragem, tentava te imitar, mas controlava mais a situação, tanto que antes da cabeça bater no chão veio o braço.
Depois a gente se perdeu na vida, duas crianças que vão para colégios diferentes e têm vergonha de se ligarem. Falar o que quando se têm sete anos? E depois, com 19, quando a gente se reencontrou, ninguém disse nada, fingiu que a amizade nunca existira, que as tardes jogando bola, brincando de...bem, só jogando bola mesmo, o tempo todo, os melhores da escola!, eram outras pessoas. Pena, Pedro, porque eu não mudei, nem você, e não aproveitamos mais nada da nossa amizade.
O passarinho eu apaguei da memória. Não sei se passou ou se morreu de tanto bater no vidro. Eu lembro dos barulhos secos, seguidos, e de você falando "deixa, ele vai conseguir". Você não conseguiu. Avançou o sinal; vermelho, amarelo, verde, sei lá, mas avançou, aquele sinal específico, entre a Real Grandeza e a Voluntários. Logo de carro. Eu não dirijo, tenho medo, isso você nunca saberá, mas você, o corajoso, avançou o sinal. E bateu com a cabeça no vidro. Uma só vez. E foi o suficiente.
Pena, Pedro. A vida é tão óbvia que mesmo o acaso é previsível. Quando éramos duas crianças vimos um passarinho bater com a cabeça no vidro uma, duas vezes. Na terceira eu fui atrás, correndo, tentar impedir o suicídio inconsciente do pássaro, mas você segurou meu braço e disse: "Deixa. Tem um espaço entre o vidro e a porta. Ele vai conseguir passar".
Aquele já era você, que não tinha medo de nada, era corajoso, pulou de cabeça do trepa-trepa tentando voar. Quebrou a cabeça, literalmente, operou e tudo. Do sangue eu não lembro, mas de te ver careca, sorrindo, já depois da cirurgia, não me esqueço. Eu, que pulei do mesmo trepa-trepa, quebrei apenas o braço. Eu não tinha sua coragem, tentava te imitar, mas controlava mais a situação, tanto que antes da cabeça bater no chão veio o braço.
Depois a gente se perdeu na vida, duas crianças que vão para colégios diferentes e têm vergonha de se ligarem. Falar o que quando se têm sete anos? E depois, com 19, quando a gente se reencontrou, ninguém disse nada, fingiu que a amizade nunca existira, que as tardes jogando bola, brincando de...bem, só jogando bola mesmo, o tempo todo, os melhores da escola!, eram outras pessoas. Pena, Pedro, porque eu não mudei, nem você, e não aproveitamos mais nada da nossa amizade.
O passarinho eu apaguei da memória. Não sei se passou ou se morreu de tanto bater no vidro. Eu lembro dos barulhos secos, seguidos, e de você falando "deixa, ele vai conseguir". Você não conseguiu. Avançou o sinal; vermelho, amarelo, verde, sei lá, mas avançou, aquele sinal específico, entre a Real Grandeza e a Voluntários. Logo de carro. Eu não dirijo, tenho medo, isso você nunca saberá, mas você, o corajoso, avançou o sinal. E bateu com a cabeça no vidro. Uma só vez. E foi o suficiente.
FLIP: corra enquanto é tempo
Fonte: PublishNews
"Começou ontem, 7 de junho, às 9h, a venda de ingressos para a 2ª Festa Literária Internacional de Parati. Vinte quatro horas depois, muitos eventos já estão com ingressos esgotados, pelo menos para a Tenda dos Autores, que dá ao participante o privilégio de ver seus ícones literários ao vivo.
Ainda há, no entanto, ingressos para praticamente todos os eventos na Tenda da Matriz, onde a programação poderá ser assistida em um telão. Já apelidada de "Tenda dos Pobres" por mentes literárias bem-humoradas, a Tenda da Matriz possui ingressos mais acessíveis, a R$ 5, enquanto a entrada na "Tenda dos Ricos", ou dos Autores, custa R$ 15.
Esgotadíssimo está o show de abertura, que será realizado ao vivo na Tenda da Matriz com Caetano Veloso, Mônica Salmaso, grupo Uakti e Arto Lindsay em um tributo a Guimarães Rosa, o grande homenageado da festa. Aliás, os eventos com os "escritores" Caetano Veloso e Chico Buarque estão entre aqueles que só têm ingresso para o telão. João Ubaldo Ribeiro e, Luis Fernando Veríssimo também já estão esgotados.
É bom lembrar que a FLIP ainda terá uma programação paralela com filmes e peças de teatro relacionadas com a literatura. Os ingressos para o evento podem ser adquiridos na TicketMaster por telefone, internet e em seus pontos de venda. O PublishNews averiguou que a melhor forma para adquirir os ingressos é por telefone ou pessoalmente nos pontos de venda, pois pela internet não é possível comprar ingressos para vários eventos em um único pedido, o que acarreta a cobrança de várias taxas de entrega para literômanos mais afoitos.
Então, corra enquanto é tempo, antes que se esgotem todos os ingressos. Ainda há entradas para atrações como a canadense Margaret Atwood, o irlandês Colm Toíbín e o onipresente sertaniense Marcelino Freire que, se no ano passado esteve em Parati para eventos off-Flip, neste ano está na programação oficial da Festa, em uma mesa ao lado de Daniel Galera e Joca Reiners Terron."
Eu não comprei nenhum ingresso. Pelo visto meu destino em Parati é ficar nos bares conversando mesmo. Quem sabe algumas palestras na "Tenda dos Pobres" compradas na hora.
Fonte: PublishNews
"Começou ontem, 7 de junho, às 9h, a venda de ingressos para a 2ª Festa Literária Internacional de Parati. Vinte quatro horas depois, muitos eventos já estão com ingressos esgotados, pelo menos para a Tenda dos Autores, que dá ao participante o privilégio de ver seus ícones literários ao vivo.
Ainda há, no entanto, ingressos para praticamente todos os eventos na Tenda da Matriz, onde a programação poderá ser assistida em um telão. Já apelidada de "Tenda dos Pobres" por mentes literárias bem-humoradas, a Tenda da Matriz possui ingressos mais acessíveis, a R$ 5, enquanto a entrada na "Tenda dos Ricos", ou dos Autores, custa R$ 15.
Esgotadíssimo está o show de abertura, que será realizado ao vivo na Tenda da Matriz com Caetano Veloso, Mônica Salmaso, grupo Uakti e Arto Lindsay em um tributo a Guimarães Rosa, o grande homenageado da festa. Aliás, os eventos com os "escritores" Caetano Veloso e Chico Buarque estão entre aqueles que só têm ingresso para o telão. João Ubaldo Ribeiro e, Luis Fernando Veríssimo também já estão esgotados.
É bom lembrar que a FLIP ainda terá uma programação paralela com filmes e peças de teatro relacionadas com a literatura. Os ingressos para o evento podem ser adquiridos na TicketMaster por telefone, internet e em seus pontos de venda. O PublishNews averiguou que a melhor forma para adquirir os ingressos é por telefone ou pessoalmente nos pontos de venda, pois pela internet não é possível comprar ingressos para vários eventos em um único pedido, o que acarreta a cobrança de várias taxas de entrega para literômanos mais afoitos.
Então, corra enquanto é tempo, antes que se esgotem todos os ingressos. Ainda há entradas para atrações como a canadense Margaret Atwood, o irlandês Colm Toíbín e o onipresente sertaniense Marcelino Freire que, se no ano passado esteve em Parati para eventos off-Flip, neste ano está na programação oficial da Festa, em uma mesa ao lado de Daniel Galera e Joca Reiners Terron."
Eu não comprei nenhum ingresso. Pelo visto meu destino em Parati é ficar nos bares conversando mesmo. Quem sabe algumas palestras na "Tenda dos Pobres" compradas na hora.
segunda-feira, junho 07, 2004
Provisório
O artista que choca é o que mente ou o que fala a verdade? Eu sou um hipócrita e escrevo e respondo como um. Merda, maldita inspiração que vem com a cabeça entre as pernas, as minhas, infelizmente não as suas, que nessa hora dorme e sonha comigo. Tá tudo bem. Não pergunta de novo, porque a resposta pode ser mais longa e não é isso que você quer escutar. Comigo tá tudo bem, penso em você agora, me inspiro para escrever sentado na privada, cabeça entre as pernas, era disso que estava falando, solidões gasosas, gososas, esse livro não é meu, não sei bem o que ele quis dizer.
Esse teclado que emperra, essa vida que não anda, esse espaço que nãoafunda. Eu quero o seu abraço, que você suba em mim e deslize, que você seja sempre assim.
Eu, eu, eu. Sozinho, quarto escuro, dia que morre nublado. Um apartamento vazio, cama gelada, edredon para esquentar. Eu neste apartamento de paredes brancas e tacos soltos. A cortina fechada, o filete que invade sem dar concessões. Coberto dos pés a cabeça, sem vontade própria. Cheio de vontades irrealizadas. E o dia que não amanhece, o celular que não toca, o teclado que não desemperra. Domingo para segunda e eu só quero ir embora. Qualquer lugar. Mais segunda do que domingo e você nem ao menos sonha comigo.
O artista que choca é o que mente ou o que fala a verdade? Eu sou um hipócrita e escrevo e respondo como um. Merda, maldita inspiração que vem com a cabeça entre as pernas, as minhas, infelizmente não as suas, que nessa hora dorme e sonha comigo. Tá tudo bem. Não pergunta de novo, porque a resposta pode ser mais longa e não é isso que você quer escutar. Comigo tá tudo bem, penso em você agora, me inspiro para escrever sentado na privada, cabeça entre as pernas, era disso que estava falando, solidões gasosas, gososas, esse livro não é meu, não sei bem o que ele quis dizer.
Esse teclado que emperra, essa vida que não anda, esse espaço que nãoafunda. Eu quero o seu abraço, que você suba em mim e deslize, que você seja sempre assim.
Eu, eu, eu. Sozinho, quarto escuro, dia que morre nublado. Um apartamento vazio, cama gelada, edredon para esquentar. Eu neste apartamento de paredes brancas e tacos soltos. A cortina fechada, o filete que invade sem dar concessões. Coberto dos pés a cabeça, sem vontade própria. Cheio de vontades irrealizadas. E o dia que não amanhece, o celular que não toca, o teclado que não desemperra. Domingo para segunda e eu só quero ir embora. Qualquer lugar. Mais segunda do que domingo e você nem ao menos sonha comigo.
quinta-feira, junho 03, 2004
Condicionantes
Para ler esse texto você tem que estar sentindo frio. Para ler e entender esse texto, o frio que você está sentindo tem que ser anormal, algo como um tremor de início de outono no Rio de Janeiro. Mas não existe esta estação na cidade. Porque aqui é assim: ou é verão ou não é verão. Para ler e sentir esse texto você tem que estar andando, e sentir uma brisa gelada soprar por trás da orelha. O medo. Para você entender esse texto, sentir este texto, viver este texto, tem que ser noite, escura, fechada, só com as lâmpadas frias e muito altas te iluminando. Para ler esse texto é preciso silêncio, concentração, nada de carros na rua, pessoas brindando, mouse correndo. Nada. Para ler, entender e sentir esse texto é preciso que o sinal esteja fechado, aberto pra você, para o trânsito, que não exista, e assim, mesmo assim, você estaque, como um ponto final, para depois, quando fechar, quando abrir, você reinicie, reticente, reticências... Para ler esse texto é preciso que você fraqueje, gagueje. Negue, negue tudo. O impossível desminta, para ler esse texto. E quem lerá esse texto então? Então, quem passou por isso tudo, as condicionantes, os condicionados, os condicionais? Só quem lerá esse texto, e viverá esse texto, e sentirá esse texto, e o entenderá, coitado, coitado, sou eu. Se tiver chegado até aqui. O que duvido.
Para ler esse texto você tem que estar sentindo frio. Para ler e entender esse texto, o frio que você está sentindo tem que ser anormal, algo como um tremor de início de outono no Rio de Janeiro. Mas não existe esta estação na cidade. Porque aqui é assim: ou é verão ou não é verão. Para ler e sentir esse texto você tem que estar andando, e sentir uma brisa gelada soprar por trás da orelha. O medo. Para você entender esse texto, sentir este texto, viver este texto, tem que ser noite, escura, fechada, só com as lâmpadas frias e muito altas te iluminando. Para ler esse texto é preciso silêncio, concentração, nada de carros na rua, pessoas brindando, mouse correndo. Nada. Para ler, entender e sentir esse texto é preciso que o sinal esteja fechado, aberto pra você, para o trânsito, que não exista, e assim, mesmo assim, você estaque, como um ponto final, para depois, quando fechar, quando abrir, você reinicie, reticente, reticências... Para ler esse texto é preciso que você fraqueje, gagueje. Negue, negue tudo. O impossível desminta, para ler esse texto. E quem lerá esse texto então? Então, quem passou por isso tudo, as condicionantes, os condicionados, os condicionais? Só quem lerá esse texto, e viverá esse texto, e sentirá esse texto, e o entenderá, coitado, coitado, sou eu. Se tiver chegado até aqui. O que duvido.
Conhecem isso?
Descobri esse link no blog do Daniel Galera. É um software que pega sua foto e compara com rostos de celebridades. O resultado é bastante gaiato, mas vale a brincadeira.
Meu rosto é a mistura de um ator judeu, um humorista americano famoso e um jogador de futebol italiano.
Descobri esse link no blog do Daniel Galera. É um software que pega sua foto e compara com rostos de celebridades. O resultado é bastante gaiato, mas vale a brincadeira.
Meu rosto é a mistura de um ator judeu, um humorista americano famoso e um jogador de futebol italiano.
quarta-feira, junho 02, 2004
Draft
Para os que gostam de NBA e visitam este blog, aqui você encontra um artigo sobre o próximo draft. Deu certo trabalho escrever, mas ficou interessante.
O mesmo texto também está no BliGSports, mas lá tem caixa de comentários.
A RedeTV! vai transmitir todos os jogos da final da NBA. Boa dica para quem só tem tv aberta.
Para os que gostam de NBA e visitam este blog, aqui você encontra um artigo sobre o próximo draft. Deu certo trabalho escrever, mas ficou interessante.
O mesmo texto também está no BliGSports, mas lá tem caixa de comentários.
A RedeTV! vai transmitir todos os jogos da final da NBA. Boa dica para quem só tem tv aberta.
terça-feira, junho 01, 2004
Cortázar, o retorno
Tem Cortázar novamente na Livraria Al´Farabi, às 19h. Tem palestra da Bella Josef, que sabe tudo, eu disse tudo, do escritor argentino. Deve ser uma baita aula de literatura.
O evento do mês passado foi bem legal. Vale a pena aportar no Centro mais tarde.
Programação Geral
*Encontros de Cronópios *
todas as primeiras terças, de abril a julho, às 19 horas
Na Livraria Al´Farabi
Rua do Rosário, 32 - Centro
perto do Centro Cultural dos Correios
06 de abril > Primeiro Improviso : jazz
04 de maio > "Esse cotidiano fantástico" : contos
01 de junho > "Adeus, Robinson" : inspirações
06 de julho > "Blow Up" e otras cositas mas : cine
30 de julho (sábado) > Cortázar para dar e vender : feira livre"
Tem Cortázar novamente na Livraria Al´Farabi, às 19h. Tem palestra da Bella Josef, que sabe tudo, eu disse tudo, do escritor argentino. Deve ser uma baita aula de literatura.
O evento do mês passado foi bem legal. Vale a pena aportar no Centro mais tarde.
Programação Geral
*Encontros de Cronópios *
todas as primeiras terças, de abril a julho, às 19 horas
Na Livraria Al´Farabi
Rua do Rosário, 32 - Centro
perto do Centro Cultural dos Correios
06 de abril > Primeiro Improviso : jazz
04 de maio > "Esse cotidiano fantástico" : contos
01 de junho > "Adeus, Robinson" : inspirações
06 de julho > "Blow Up" e otras cositas mas : cine
30 de julho (sábado) > Cortázar para dar e vender : feira livre"
