sexta-feira, novembro 26, 2004
Como foi em Tiradentes?
Não foram mais que 30 horas, mas certamente a viagem para Tiradentes foi inesquecível. Saímos do Rio quarta-feira pela manhã com destino a cidade mineira meio sem saber o que e para quem iríamos "palestrar". Depois de cinco horas de cansativa viagem de ônibus, chegamos a Tiradentes, onde fomos cicceroniados pela entusiasmada Maria Lídia, presidente do Centro Cultural Yves Alves.
No almoço, conversamos bastante sobre a cidade e o difícil equilíbrio entre o potencial turístico e comercial de Tiradentes e a preservação desta. Para nossa alegria, Maria Lídia nos contou que a palestra seria exclusivamente para a comunidade e o quanto essa nossa pequena parcela é vital para a população. Numa parceria com uma empresa de telefonia, o CCYA conseguiu trazer Veríssimo, Loyola Brandão e Maria Adelaide Amaral até Tiradentes, mas nossa palestra era especial porque, como somos desconhecidos e jovens, poderiam se espelhar na gente.
As perspectivas para os jovens tiradentenses, infelizmente, não são tão boas. Normalmente, a maioria sequer completa o segundo grau e não cria grandes expectativas: viram inexoravelmente charreteiros, garçons dos mais de 60 restaurantes do local ou trabalham nas lojinhas e pousadas para turistas. Não se permitem ousar mais. Nem podem, já que universidades só se deixarem Tiradentes.
Depois do almoço, fomos conhecer a Biblioteca do Ó, um local belíssimo, com um bom acervo, capitaneada por Mari Jô, tão entusiasmada quanto Maria Lídia. Ela nos contou que eles organizam saraus na cidade, jantares literários e toda sorte de eventos para incentivar a leitura da população. Infelizmente, a Biblioteca do Ó é menos consultada do que merecia, devido ao velho e conhecido problema educacional do Brasil.
Sob os olhares de mestres na Biblioteca do Ó
Eu e o Marcelo conversamos com a Mari Jô, que seria a mediadora do debate, e chegamos a conclusão que quanto menos planejássemos melhor seria. A palestra era para os ouvintes e nada melhor que escutar as questões deles para saber o que queriam conversar. Sábia decisão.
Chegamos no belíssimo Centro Cultural Yves Alves pouco antes das 20h, horário marcado, e logo na porta vimos várias vans estacionadas na porta. O CCYA tem parcerias com colégios e cursos da região e conseguiu reunir muita gente legal. O público, cerca de 70 pessoas (muito acima da nossa expectativa), reunia desde pessoas simples da cidade, professores e aspirantes a professores do ensino fundamental, além dos curiosos e interessados no assunto.
Nos apresentamos, brevemente, e começaram as perguntas. Uma beleza. Desde questões simples, como "por que você escreve?", a indagações sobre crítica literária. Os melhores momentos, na minha opinião, foram as perguntas-confissões...pessoas simples que, mais que perguntar, queriam contar suas histórias. A moça que trabalha numa loja e vê todo dia (há três anos) um homem comprar uma garrafa de Guaraná de dois litros, beber dois copos e ir embora, sem falar nada... queria saber se isso poderia ser um conto. A professora da escola rural que pega carona em caminhão para voltar da aula, e se emociona ao ver sua pequena aluna chorar ao receber um elogio pelo seu progresso na leitura.
Durante a palestra: Marcelo, eu, Mari Jô e Maria Lídia
Fiz questão de agradecê-los pela ótima oportunidade no final da palestra. Com certeza, aprendemos mais que eles. No final, alguns dos presentes vieram falar com a gente. Deram até cadernos para escrevermos um recadinho. Depois, o Marcelo me cutucou e disse: "Como se sentiu dando autógrafos?". Eu nem tinha percebido que escrever em cadernos escolares poderia ser qualificado assim.
O público na palestra
Depois da palestra, jantamos muito bem (não precisamos pagar nada durante a estadia. Tudo ficou por contas das parcerias do CCYA). A intenção era esticar em um bar, mas depois de uma breve rodada na cidade, vimos que só tinha um aberto. Sem problema, pedimos uma cerveja e logo no início da conversa se aproxima um sujeito que garantiu muitas risadas no resto da noite.
Era Mozart (leia-se Mozárti), um ex-hippie piradinho, que hoje vive como pintor em Tiradentes (era deles os quadros à venda na parede nas nossas costas). Falou com um autêntico pirado, entre uma e outra estripulia para acender cigarros.
Saiu de casa, em Elói Mendes (MG), ainda adolescente, após o pai matar a mãe, e ficou seis anos perambulando pelo Brasil. Segundo Mozart (façam um sotaque mineiro ao falar o nome dele), ele só não esteve no Rio Grande do Sul. Foi garçom, vendedor de agendas, viveu em comunidades hippies, escalou picos e dormiu ao ermo por noites seguidas em algum lugar perto das Agulhas Negras. Garimpou cristais em lugares em que nenhum homem chega. Vaticinou ainda que em 2007 o mundo entrará em Guerra Mundial e em 2014 apenas 30% da população restará sobre a Terra. Nosso Nostradamus mineiro é um oráculo fascinante, mas malinha (na verdade falou muito mais, mas quem entendia o que ele falava?).
Fizemos questão de deixar um livro, pago do nosso bolso, na Biblioteca do ó e outro no CCYA. No dia seguinte voltamos para o Rio logo de manhã, de carona com Maria Lídia, e cá estamos de volta ao batente normal. Mas a viagem valeu, e muito.
Não foram mais que 30 horas, mas certamente a viagem para Tiradentes foi inesquecível. Saímos do Rio quarta-feira pela manhã com destino a cidade mineira meio sem saber o que e para quem iríamos "palestrar". Depois de cinco horas de cansativa viagem de ônibus, chegamos a Tiradentes, onde fomos cicceroniados pela entusiasmada Maria Lídia, presidente do Centro Cultural Yves Alves.
No almoço, conversamos bastante sobre a cidade e o difícil equilíbrio entre o potencial turístico e comercial de Tiradentes e a preservação desta. Para nossa alegria, Maria Lídia nos contou que a palestra seria exclusivamente para a comunidade e o quanto essa nossa pequena parcela é vital para a população. Numa parceria com uma empresa de telefonia, o CCYA conseguiu trazer Veríssimo, Loyola Brandão e Maria Adelaide Amaral até Tiradentes, mas nossa palestra era especial porque, como somos desconhecidos e jovens, poderiam se espelhar na gente.
As perspectivas para os jovens tiradentenses, infelizmente, não são tão boas. Normalmente, a maioria sequer completa o segundo grau e não cria grandes expectativas: viram inexoravelmente charreteiros, garçons dos mais de 60 restaurantes do local ou trabalham nas lojinhas e pousadas para turistas. Não se permitem ousar mais. Nem podem, já que universidades só se deixarem Tiradentes.
Depois do almoço, fomos conhecer a Biblioteca do Ó, um local belíssimo, com um bom acervo, capitaneada por Mari Jô, tão entusiasmada quanto Maria Lídia. Ela nos contou que eles organizam saraus na cidade, jantares literários e toda sorte de eventos para incentivar a leitura da população. Infelizmente, a Biblioteca do Ó é menos consultada do que merecia, devido ao velho e conhecido problema educacional do Brasil.
Sob os olhares de mestres na Biblioteca do Ó
Eu e o Marcelo conversamos com a Mari Jô, que seria a mediadora do debate, e chegamos a conclusão que quanto menos planejássemos melhor seria. A palestra era para os ouvintes e nada melhor que escutar as questões deles para saber o que queriam conversar. Sábia decisão.
Chegamos no belíssimo Centro Cultural Yves Alves pouco antes das 20h, horário marcado, e logo na porta vimos várias vans estacionadas na porta. O CCYA tem parcerias com colégios e cursos da região e conseguiu reunir muita gente legal. O público, cerca de 70 pessoas (muito acima da nossa expectativa), reunia desde pessoas simples da cidade, professores e aspirantes a professores do ensino fundamental, além dos curiosos e interessados no assunto.
Nos apresentamos, brevemente, e começaram as perguntas. Uma beleza. Desde questões simples, como "por que você escreve?", a indagações sobre crítica literária. Os melhores momentos, na minha opinião, foram as perguntas-confissões...pessoas simples que, mais que perguntar, queriam contar suas histórias. A moça que trabalha numa loja e vê todo dia (há três anos) um homem comprar uma garrafa de Guaraná de dois litros, beber dois copos e ir embora, sem falar nada... queria saber se isso poderia ser um conto. A professora da escola rural que pega carona em caminhão para voltar da aula, e se emociona ao ver sua pequena aluna chorar ao receber um elogio pelo seu progresso na leitura.
Durante a palestra: Marcelo, eu, Mari Jô e Maria Lídia
Fiz questão de agradecê-los pela ótima oportunidade no final da palestra. Com certeza, aprendemos mais que eles. No final, alguns dos presentes vieram falar com a gente. Deram até cadernos para escrevermos um recadinho. Depois, o Marcelo me cutucou e disse: "Como se sentiu dando autógrafos?". Eu nem tinha percebido que escrever em cadernos escolares poderia ser qualificado assim.
O público na palestra
Depois da palestra, jantamos muito bem (não precisamos pagar nada durante a estadia. Tudo ficou por contas das parcerias do CCYA). A intenção era esticar em um bar, mas depois de uma breve rodada na cidade, vimos que só tinha um aberto. Sem problema, pedimos uma cerveja e logo no início da conversa se aproxima um sujeito que garantiu muitas risadas no resto da noite.
Era Mozart (leia-se Mozárti), um ex-hippie piradinho, que hoje vive como pintor em Tiradentes (era deles os quadros à venda na parede nas nossas costas). Falou com um autêntico pirado, entre uma e outra estripulia para acender cigarros.
Saiu de casa, em Elói Mendes (MG), ainda adolescente, após o pai matar a mãe, e ficou seis anos perambulando pelo Brasil. Segundo Mozart (façam um sotaque mineiro ao falar o nome dele), ele só não esteve no Rio Grande do Sul. Foi garçom, vendedor de agendas, viveu em comunidades hippies, escalou picos e dormiu ao ermo por noites seguidas em algum lugar perto das Agulhas Negras. Garimpou cristais em lugares em que nenhum homem chega. Vaticinou ainda que em 2007 o mundo entrará em Guerra Mundial e em 2014 apenas 30% da população restará sobre a Terra. Nosso Nostradamus mineiro é um oráculo fascinante, mas malinha (na verdade falou muito mais, mas quem entendia o que ele falava?).
Fizemos questão de deixar um livro, pago do nosso bolso, na Biblioteca do ó e outro no CCYA. No dia seguinte voltamos para o Rio logo de manhã, de carona com Maria Lídia, e cá estamos de volta ao batente normal. Mas a viagem valeu, e muito.
terça-feira, novembro 23, 2004
Dedo de prosa em Tiradentes
Nesta quarta-feira viajarei para Tiradentes com o amigo Marcelo para, à noite, dar uma palestra sobre o "Prosas Cariocas", no Centro Cultural Yves Alves. É uma grande oportunidade para falar sobre literatura numa cidade com tanta história.
Nesta quarta-feira viajarei para Tiradentes com o amigo Marcelo para, à noite, dar uma palestra sobre o "Prosas Cariocas", no Centro Cultural Yves Alves. É uma grande oportunidade para falar sobre literatura numa cidade com tanta história.
sexta-feira, novembro 19, 2004
Em São Paulo
Todo mundo já deve estar sabendo dos "Encontros de Interrogação", do Itaú Cultural. De longe, morro de inveja. Reparem na programação...
DIA 22 DE NOVEMBRO:
Das 10 às 12h30 - Sala 2 andar:
Oficina de Poesia - com Frederico Barbosa.
10h00 - Sala Vermelha:
"Blog pode ser literatura?"
CARDOSO, DANIEL GALERA, JOÃO PAULO CUENCA E RONALDO BRESSANE, numa conversa com XICO SÁ.
14h30 - Sala Itaú Cultural:
"Experimentar ou narrar?"
EVANDRO AFFONSO FERREIRA, JOCA REINERS TERRON, LUIZ RUFFATO E MANOEL CARLOS KARAM, numa conversa com WILSON BUENO.
Das 15 às 17h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com Raimundo Carrero.
15h00 - Sala Vermelha:
"Literatura vende jornal? Jornal vende literatura?"
CASSIANO ELEK MACHADO (Folha), CLÁUDIA LAITANO (Zero Hora), JOÃO PAULO (O Estado de Minas) E MICHEL LAUB (revista Bravo!), numa conversa com GABRIEL PRIOLLI.
17h00 - Sala Vermelha:
"Crítica Jornalística Versus Crítica Acadêmica?"
LUÍS ALBERTO BRANDÃO, MANUEL DA COSTA PINTO, MARIA ESTHER MACIEL E MIGUEL SANCHES NETO, numa conversa com JOÃO ALEXANDRE BARBOSA.
17h30 - Sala Itaú Cultural:
"Poesia tem sexo? Sexo tem poesia?"
CLAUDIA ROQUETE-PINTO, GRETA BENITEZ, MICHELINY VERUNSCHK E VIRNA TEIXEIRA, numa conversa com ALICE RUIZ.
19h30 - Sala Itaú Cultural:
"Poesia = letra = imagem = música?"
ADEMIR ASSUNÇÃO, JOÃO BANDEIRA, RICARDO ALEIXO E RODRIGO GARCIA LOPES, numa conversa com AMADOR RIBEIRO NETO.
DIA 23 DE NOVEMBRO:
Das 10 às 12h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com Luiz Antonio de Assis Brasil.
10h00 - Sala Vermelha:
"A nova literatura vem da internet?"
ANA ELISA RIBEIRO (Estante de Livros), AUGUSTO SALLES (Paralelos), CRISTIANE COSTA (Portal Literal) E EDSON CRUZ (Capitu), numa conversa com ÉLSON FRÓES (Popbox).
14h30 - Sala Itaú Cultural:
"Literatura tem sexo?"
CÍNTIA MOSCOVICH, IVANA ARRUDA LEITE, LIVIA GARCIA-ROZA E MARIA JOSÉ SILVEIRA, numa conversa com NELLY NOVAES COELHO.
Das 15 às 17h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com João Silvério Trevisan.
15h00 - Sala Vermelha:
"Literatura com "l" minúsculo?"
ÍNDIGO, JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA, MARCELO CARNEIRO DA CUNHA E ROGER MELLO, numa conversa com EVA FURNARI.
16h00 - Auditório 2º andar:
"Todo começo é involuntário?"
ANDRÉ DICK, ANDRÉ RICARDO AGUIAR, DELMO MONTENEGRO E FABIANO CALIXTO, numa conversa com CLAUDIO DANIEL E FREDERICO BARBOSA.
17h00 - Sala Vermelha:
"Cadê a nova Clarice? Cadê o novo Rosa?"
CECÍLIA GIANNETTI, JOÃO FILHO, SANTIAGO NAZARIAN E VERÔNICA STIGGER, numa conversa com MARÇAL AQUINO.
17h00 - Sala Itaú Cultural:
"Nada mais choca. Acabou a transgressão?"
ANTONIO MARIANO, CONTADOR BORGES, GLAUCO MATTOSO E SEBASTIÃO NUNES, numa conversa com JOMARD MUNIZ DE BRITO.
19h30 - Sala Itaú Cultural:
"Literatura Brasileira: Temos Talento na Agulha?"
CARLOS ÁVILLA, HORÁCIO COSTA, IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO E LUIZ VILELA, numa conversa com os participantes.
E AINDA:
Os poetas Fabrício Marques, Lenora de Barros, Luiz Roberto Guedes, Reynaldo Damazio e Ronald Polito. E os prosadores Daniel Pellizzari, Edyr Augusto, Francisco de Moraes Mendes, Paulo Ribeiro e Paulo Sandrini.
Todo mundo já deve estar sabendo dos "Encontros de Interrogação", do Itaú Cultural. De longe, morro de inveja. Reparem na programação...
DIA 22 DE NOVEMBRO:
Das 10 às 12h30 - Sala 2 andar:
Oficina de Poesia - com Frederico Barbosa.
10h00 - Sala Vermelha:
"Blog pode ser literatura?"
CARDOSO, DANIEL GALERA, JOÃO PAULO CUENCA E RONALDO BRESSANE, numa conversa com XICO SÁ.
14h30 - Sala Itaú Cultural:
"Experimentar ou narrar?"
EVANDRO AFFONSO FERREIRA, JOCA REINERS TERRON, LUIZ RUFFATO E MANOEL CARLOS KARAM, numa conversa com WILSON BUENO.
Das 15 às 17h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com Raimundo Carrero.
15h00 - Sala Vermelha:
"Literatura vende jornal? Jornal vende literatura?"
CASSIANO ELEK MACHADO (Folha), CLÁUDIA LAITANO (Zero Hora), JOÃO PAULO (O Estado de Minas) E MICHEL LAUB (revista Bravo!), numa conversa com GABRIEL PRIOLLI.
17h00 - Sala Vermelha:
"Crítica Jornalística Versus Crítica Acadêmica?"
LUÍS ALBERTO BRANDÃO, MANUEL DA COSTA PINTO, MARIA ESTHER MACIEL E MIGUEL SANCHES NETO, numa conversa com JOÃO ALEXANDRE BARBOSA.
17h30 - Sala Itaú Cultural:
"Poesia tem sexo? Sexo tem poesia?"
CLAUDIA ROQUETE-PINTO, GRETA BENITEZ, MICHELINY VERUNSCHK E VIRNA TEIXEIRA, numa conversa com ALICE RUIZ.
19h30 - Sala Itaú Cultural:
"Poesia = letra = imagem = música?"
ADEMIR ASSUNÇÃO, JOÃO BANDEIRA, RICARDO ALEIXO E RODRIGO GARCIA LOPES, numa conversa com AMADOR RIBEIRO NETO.
DIA 23 DE NOVEMBRO:
Das 10 às 12h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com Luiz Antonio de Assis Brasil.
10h00 - Sala Vermelha:
"A nova literatura vem da internet?"
ANA ELISA RIBEIRO (Estante de Livros), AUGUSTO SALLES (Paralelos), CRISTIANE COSTA (Portal Literal) E EDSON CRUZ (Capitu), numa conversa com ÉLSON FRÓES (Popbox).
14h30 - Sala Itaú Cultural:
"Literatura tem sexo?"
CÍNTIA MOSCOVICH, IVANA ARRUDA LEITE, LIVIA GARCIA-ROZA E MARIA JOSÉ SILVEIRA, numa conversa com NELLY NOVAES COELHO.
Das 15 às 17h30 - Sala 2º andar:
Oficina de Prosa - com João Silvério Trevisan.
15h00 - Sala Vermelha:
"Literatura com "l" minúsculo?"
ÍNDIGO, JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA, MARCELO CARNEIRO DA CUNHA E ROGER MELLO, numa conversa com EVA FURNARI.
16h00 - Auditório 2º andar:
"Todo começo é involuntário?"
ANDRÉ DICK, ANDRÉ RICARDO AGUIAR, DELMO MONTENEGRO E FABIANO CALIXTO, numa conversa com CLAUDIO DANIEL E FREDERICO BARBOSA.
17h00 - Sala Vermelha:
"Cadê a nova Clarice? Cadê o novo Rosa?"
CECÍLIA GIANNETTI, JOÃO FILHO, SANTIAGO NAZARIAN E VERÔNICA STIGGER, numa conversa com MARÇAL AQUINO.
17h00 - Sala Itaú Cultural:
"Nada mais choca. Acabou a transgressão?"
ANTONIO MARIANO, CONTADOR BORGES, GLAUCO MATTOSO E SEBASTIÃO NUNES, numa conversa com JOMARD MUNIZ DE BRITO.
19h30 - Sala Itaú Cultural:
"Literatura Brasileira: Temos Talento na Agulha?"
CARLOS ÁVILLA, HORÁCIO COSTA, IGNÁCIO DE LOYOLA BRANDÃO E LUIZ VILELA, numa conversa com os participantes.
E AINDA:
Os poetas Fabrício Marques, Lenora de Barros, Luiz Roberto Guedes, Reynaldo Damazio e Ronald Polito. E os prosadores Daniel Pellizzari, Edyr Augusto, Francisco de Moraes Mendes, Paulo Ribeiro e Paulo Sandrini.
terça-feira, novembro 16, 2004
Pérolas radiofônicas
O trabalho me obriga a escutar transmissões esportivas pela internet. É inacreditável a quantidade de bobagem que os radialistas falam. Dois exemplos:
O primeiro ocorreu no domingo. Durante a partida Paysandu x Paraná, o repórter de campo de uma rádio paraense pergunta para o atleta que vai entrar em campo:
- O que o burro do Adilson Batista pediu para você fazer?
O jogador começou a rir. Menos mal que o técnico, Adilson, foi demitido no dia seguinte.
A segunda ouvi hoje, durante programa da hora do almoço de uma rádio parananese:
- Os jogadores brasileiros não terão problema de altitude contra o Equador, já que a maioria cresceu em favelas.
O trabalho me obriga a escutar transmissões esportivas pela internet. É inacreditável a quantidade de bobagem que os radialistas falam. Dois exemplos:
O primeiro ocorreu no domingo. Durante a partida Paysandu x Paraná, o repórter de campo de uma rádio paraense pergunta para o atleta que vai entrar em campo:
- O que o burro do Adilson Batista pediu para você fazer?
O jogador começou a rir. Menos mal que o técnico, Adilson, foi demitido no dia seguinte.
A segunda ouvi hoje, durante programa da hora do almoço de uma rádio parananese:
- Os jogadores brasileiros não terão problema de altitude contra o Equador, já que a maioria cresceu em favelas.
segunda-feira, novembro 15, 2004
Spray nas moscas
Esse blog está de luto pelo que virou o Flamengo, completamente abandonado pela diretoria "profissional e amadora". Não se enganem com as supostas trocas de ofensas entre os cartolas. São os mesmos há 20 anos. Márcio Braga, Gilberto Cardoso Filho, Kléber Leite, Velloso, Edmundo Santos Silva e todos os demais.
Foram eles que sucatearam o clube, apoiando Caixa D´Água, pegando empréstimos com bancos, deixando de pagar impostos com o Governo, deixando de pagar salários e, principalmente, junto com todos os dirigentes cariocas, patrocinando as torcidas organizadas, verdadeiro câncer do futebol brasileiro.
Foi bancando esses marginais para não trabalhar, oferecendo churrascos, dando ingresso de graça (que eles vendem, ficam com o dinheiro e entram na marra no estádio) que eles criaram os monstros bêbados que provocaram aquela vergonha de ontem à noite.
Reparem a ironia. O Flamengo não paga salários aos atletas, mas continua distribuindo ingressos e mimos para as organizadas. Pois então, os assalariados do clube foram lá "trabalhar", porque na cabecinha desses marginais eles são pagos para cobrar os jogadores.
Hoje, 15 de novembro, quando o Flamengo completa 109 anos, tenho certeza que o clube atingiu seu ponto mais baixo da história. Depois do que aconteceu no Santos Dumont, acredito que os jogadores não farão mais nenhuma força para escapar do rebaixamento.
Caso o milagre da salvação aconteça - e contra o Botafogo irei ao Maracanã tentar coloborar com isso - acredito que o clube tem que começar do zero. Novas eleições, novos jogadores - vende ou dispensa todos com mais de 20 anos - e tenta construir de novo. Foda-se o estadual, que não vale nada.
Desde o ano passado, quando Márcio Braga foi eleito pela sexta vez (!) disse aqui no blog que todo papinho de profissionalização - e com um ex-jogador de futebol como "cabeça" - era balela. Este senhor já abandonou o Flamengo uma vez para ser deputado em Brasília, mas desta vez sequer assumiu. Deixou o clube às moscas. E as moscas são os mesmos cartolas de sempre. Fizeram a merda e ficam rondando.
Esse blog está de luto pelo que virou o Flamengo, completamente abandonado pela diretoria "profissional e amadora". Não se enganem com as supostas trocas de ofensas entre os cartolas. São os mesmos há 20 anos. Márcio Braga, Gilberto Cardoso Filho, Kléber Leite, Velloso, Edmundo Santos Silva e todos os demais.
Foram eles que sucatearam o clube, apoiando Caixa D´Água, pegando empréstimos com bancos, deixando de pagar impostos com o Governo, deixando de pagar salários e, principalmente, junto com todos os dirigentes cariocas, patrocinando as torcidas organizadas, verdadeiro câncer do futebol brasileiro.
Foi bancando esses marginais para não trabalhar, oferecendo churrascos, dando ingresso de graça (que eles vendem, ficam com o dinheiro e entram na marra no estádio) que eles criaram os monstros bêbados que provocaram aquela vergonha de ontem à noite.
Reparem a ironia. O Flamengo não paga salários aos atletas, mas continua distribuindo ingressos e mimos para as organizadas. Pois então, os assalariados do clube foram lá "trabalhar", porque na cabecinha desses marginais eles são pagos para cobrar os jogadores.
Hoje, 15 de novembro, quando o Flamengo completa 109 anos, tenho certeza que o clube atingiu seu ponto mais baixo da história. Depois do que aconteceu no Santos Dumont, acredito que os jogadores não farão mais nenhuma força para escapar do rebaixamento.
Caso o milagre da salvação aconteça - e contra o Botafogo irei ao Maracanã tentar coloborar com isso - acredito que o clube tem que começar do zero. Novas eleições, novos jogadores - vende ou dispensa todos com mais de 20 anos - e tenta construir de novo. Foda-se o estadual, que não vale nada.
Desde o ano passado, quando Márcio Braga foi eleito pela sexta vez (!) disse aqui no blog que todo papinho de profissionalização - e com um ex-jogador de futebol como "cabeça" - era balela. Este senhor já abandonou o Flamengo uma vez para ser deputado em Brasília, mas desta vez sequer assumiu. Deixou o clube às moscas. E as moscas são os mesmos cartolas de sempre. Fizeram a merda e ficam rondando.
sábado, novembro 13, 2004
Gentalha
Parem as máquinas. Notícias vindas do México dão conta que Chaves e Dona Florinda vão se casar. Cadê o Siro Darlan quando se precisa dele...
"Aos 75 anos, Chaves se casará com Dona Florinda
Da Redação
'Eu já falei para você não se misturar com essa gentalha!'
Se você é fã do seriado 'Chaves', exibido desde sempre nas tardes do SBT, certamente você conhece a frase acima. A autora dela é a dona Florinda, a bruaca de bobes na cabeça e mãe do mimado Kiko. E a gentalha, no caso, eram os demais moradores da vila -- entre eles o pobre órfão Chaves.
Pois, aparentemente, dona Florinda decidiu não seguir o seu próprio conselho e vai se casar com a gentalha!
Como assim?
É isso mesmo! Dona Florinda e Chaves vão se casar!!!
Surpreso? Não deveria! O ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem Chaves, já divide o mesmo lençol com a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda, há mais de 20 anos. Os dois pombinhos decidiram apenas oficializar o relacionamento. A festança está marcada para o dia 19 de novembro.
Roberto Gómez Fernández, filho de Bolaños, não deu maiores detalhes da celebração. Segundo ele, não é adequado falar sobre a vida privada de seu pai.
Gómez Fernández esclareceu que Bolaños já está melhor de saúde. Dias atrás ele foi internado em um hospital para cuidar de um problema de neurite, mas só ficou um dia em observação. 'Agora ele está em casa, está bem. O médico lhe recomendou descanso, muito repouso', disse o filho do Chaves."
Notícia retirada do Uol Tablóide
Parem as máquinas. Notícias vindas do México dão conta que Chaves e Dona Florinda vão se casar. Cadê o Siro Darlan quando se precisa dele...
"Aos 75 anos, Chaves se casará com Dona Florinda
Da Redação
'Eu já falei para você não se misturar com essa gentalha!'
Se você é fã do seriado 'Chaves', exibido desde sempre nas tardes do SBT, certamente você conhece a frase acima. A autora dela é a dona Florinda, a bruaca de bobes na cabeça e mãe do mimado Kiko. E a gentalha, no caso, eram os demais moradores da vila -- entre eles o pobre órfão Chaves.
Pois, aparentemente, dona Florinda decidiu não seguir o seu próprio conselho e vai se casar com a gentalha!
Como assim?
É isso mesmo! Dona Florinda e Chaves vão se casar!!!
Surpreso? Não deveria! O ator mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador do personagem Chaves, já divide o mesmo lençol com a atriz Florinda Meza, a Dona Florinda, há mais de 20 anos. Os dois pombinhos decidiram apenas oficializar o relacionamento. A festança está marcada para o dia 19 de novembro.
Roberto Gómez Fernández, filho de Bolaños, não deu maiores detalhes da celebração. Segundo ele, não é adequado falar sobre a vida privada de seu pai.
Gómez Fernández esclareceu que Bolaños já está melhor de saúde. Dias atrás ele foi internado em um hospital para cuidar de um problema de neurite, mas só ficou um dia em observação. 'Agora ele está em casa, está bem. O médico lhe recomendou descanso, muito repouso', disse o filho do Chaves."
Notícia retirada do Uol Tablóide
quarta-feira, novembro 10, 2004
Diz, quem é maior, que o Amor?
Eu não sou muito de postar música, mas vou colocar duas dos Los Hermanos de uma vez. Com isso, igualo o total de letras colocadas aqui em um ano de Bohemias. Pior ainda é que uma dessas letras já foi publicada. Acho que isso faz dessa música especial para mim, não? (pergunta retórica):
Além do que se vê (Marcelo Camelo)
Moça, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê
Sei que a tua solidão me dói
e que é difícil ser feliz
mas do que somos todos nós
você supõe o céu
Sei que o vento que entortou a flor
passou também por nosso lar
e foi você quem desviou
com golpes de pincel
Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
que o bloco da família vai atrás
Põe mais um na mesa de jantar
por que hoje eu vou pra aí te ver
e tira o som dessa TV
pra gente conversar
Diz pro bamba usar o violão
pede pro Tico me esperar
e avisa que eu só vou chegar
no último vagão
É bom te ver sorrir
Deixa vir à moça
que eu também vou atrás
e a banda diz: assim é que se faz!
O pouco que sobrou (Marcelo Camelo)
Eu cansei de ser assim
Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
eu acho que acabou
Mas eu vou cantar pra não cair
fingindo ser alguém
que vive assim de bem
Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
o pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
e a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
manda essa cavalaria
que hoje a fé me abandonou
___________
Na segunda semana de dezembro tem o encerramento da turnê do Ventura no Canecão.
Eu não sou muito de postar música, mas vou colocar duas dos Los Hermanos de uma vez. Com isso, igualo o total de letras colocadas aqui em um ano de Bohemias. Pior ainda é que uma dessas letras já foi publicada. Acho que isso faz dessa música especial para mim, não? (pergunta retórica):
Além do que se vê (Marcelo Camelo)
Moça, olha só o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
que a estrada vai além do que se vê
Sei que a tua solidão me dói
e que é difícil ser feliz
mas do que somos todos nós
você supõe o céu
Sei que o vento que entortou a flor
passou também por nosso lar
e foi você quem desviou
com golpes de pincel
Eu sei, é o amor que ninguém mais vê
Deixa eu ver a moça
Toma o teu, voa mais
que o bloco da família vai atrás
Põe mais um na mesa de jantar
por que hoje eu vou pra aí te ver
e tira o som dessa TV
pra gente conversar
Diz pro bamba usar o violão
pede pro Tico me esperar
e avisa que eu só vou chegar
no último vagão
É bom te ver sorrir
Deixa vir à moça
que eu também vou atrás
e a banda diz: assim é que se faz!
O pouco que sobrou (Marcelo Camelo)
Eu cansei de ser assim
Não posso mais levar
Se tudo é tão ruim
por onde eu devo ir?
A vida vai seguir
Ninguém vai reparar
Aqui neste lugar
eu acho que acabou
Mas eu vou cantar pra não cair
fingindo ser alguém
que vive assim de bem
Eu não sei por onde foi
Só resta eu me entregar
Cansei de procurar
o pouco que sobrou
Eu tinha algum amor
Eu era bem melhor
Mas tudo deu um nó
e a vida se perdeu
Se existe Deus em agonia
manda essa cavalaria
que hoje a fé me abandonou
___________
Na segunda semana de dezembro tem o encerramento da turnê do Ventura no Canecão.
quarta-feira, novembro 03, 2004
Começo de alguma coisa brega
O Rio está na praia. Da janela do quarto vejo apenas o silêncio. E no excesso de poesia de uma paisagem parada e quente de um morro que sua, invejo os passarinhos que saltam do parapeito do vizinho e vão olhar a vida de perto.
Com esforço minha imaginação alcança ondas que arrebentam em espumas brancas e rostos felizes. Falta o barulho o cheiro o sol, que se escondem na realidade de 35 graus de um prédio de paredes de concreto.
O Rio está na praia. Da janela do quarto vejo apenas o silêncio. E no excesso de poesia de uma paisagem parada e quente de um morro que sua, invejo os passarinhos que saltam do parapeito do vizinho e vão olhar a vida de perto.
Com esforço minha imaginação alcança ondas que arrebentam em espumas brancas e rostos felizes. Falta o barulho o cheiro o sol, que se escondem na realidade de 35 graus de um prédio de paredes de concreto.
Batalha naval particular
- G-8
- Água!
- B-10
- Água!
- P-1
- ...
Minha última bala está no limbo. Tá difícil.
_________
Falando em tiro. Damn, yankees.
- G-8
- Água!
- B-10
- Água!
- P-1
- ...
Minha última bala está no limbo. Tá difícil.
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Falando em tiro. Damn, yankees.
segunda-feira, novembro 01, 2004
Novos e novos - Final
Henrique Rodrigues, Mara Coradello, Rodrigo de Roure e Marcelo Pedreira participarão da "brincadeira" entre prosadores e dramaturgos esta noite no Teatro Café Pequeno (Av. Ataufo de Paiva, Leblon, às 21h), na última edição do evento. Leituras cruzadas, debate e, provavelmente, esticada em algum bar da região.
Apareçam!
Henrique Rodrigues, Mara Coradello, Rodrigo de Roure e Marcelo Pedreira participarão da "brincadeira" entre prosadores e dramaturgos esta noite no Teatro Café Pequeno (Av. Ataufo de Paiva, Leblon, às 21h), na última edição do evento. Leituras cruzadas, debate e, provavelmente, esticada em algum bar da região.
Apareçam!
Fla demite Ricardo Gomes
Não resolve, mas também não atrapalha. O problema nunca foi o técnico na Gávea. Quem acompanha o blog desde o ano passado, sabe que meus cuspes sempre estiveram endereçados ao presidente Márcio Braga, a corja dos dirigentes de Power Point, conhecidos publicamente como Fla-Futebol, e aos ditos amadores, que na verdade são profissionais em termos de fazer negociações escusas e lavar dinheiro.
O rebaixamento segue rondando o Flamengo e com o cheiro de sangue no ar pode acabar atacando sem chance de defesa.
Não resolve, mas também não atrapalha. O problema nunca foi o técnico na Gávea. Quem acompanha o blog desde o ano passado, sabe que meus cuspes sempre estiveram endereçados ao presidente Márcio Braga, a corja dos dirigentes de Power Point, conhecidos publicamente como Fla-Futebol, e aos ditos amadores, que na verdade são profissionais em termos de fazer negociações escusas e lavar dinheiro.
O rebaixamento segue rondando o Flamengo e com o cheiro de sangue no ar pode acabar atacando sem chance de defesa.