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sexta-feira, janeiro 30, 2004

Quem será a fonte?

Tem uma pulga atrás da minha orelha. Por que será que diariamente o colunista de gente (?), Joaquim Ferreira dos Santos, insiste em lançar uma notinha de que o Ronaldo já teria acertado com o Chelsea para a próxima temporada?

Na edição de hoje ele garante que o Ronaldo irá para o Chelsea enquanto no Caderno de Esportes tem uma notinha que diz exatamente o contrário.

Quem será essa fonte tão segura do Joaquim? O próprio Ronaldo, a mãe dele, o assessor de imprensa? Provavelmente não, já que se fosse alguém tão confiável, o editor de esportes já teria comprado o furo.

Cortázar no Globo

Estava eu aqui lendo o Bestiário e escrevendo sobre Cortázar no blog quando vejo que a capa do Segundo Caderno do Globo é sobre o escritor argentino. Uma matéria traduzida do El País, da Espanha, conta que um livro de correspondências entre Cortázar e a poeta cubana Isel Riveiro está sendo lançado aproveitando o mote dos 20 da morte do escritor.

Fica aqui a dica, embora esse livro deva demorar a ser lançado por aqui (isso se um dia for).


Roteirista famoso

Noite insone. Duas e quarenta da madruga. Começa Rocky V na Globo. Se ainda fosse Rocky IV eu ficaria acordado até o final.

Mesmo o V eu tenho vontade de re-assistir. Desisti quando apareceu o seguinte crédito:

Writen by:

Silvester Stallone

Não admira que o filme tenha sido um fracasso.

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Ó, meu Mengão

Errei por uma rodada. Passamos pelo Cabofriense, mas pagamos mico ontem. O time do Flamengo é ridículo, porém mais patético ainda é essa política de que a equipe, só por receber "salário em dia", (em dia? - não receberam em dezembro, 13º e janeiro) vai engrenar.

A verdade é que o Flamengo precisa de dois atacantes urgentemente. Hum...na verdade três. Porque esses daí não dão nem para a reserva.

Domingo tem Fla-Flu. Pena que o Baixinho amarelou antes de entrar em campo.

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Buraco Negro

Quem quiser conhecer a Teoria do Buraco Negro do Futebol Português, entre no BliG Sports.

Julio Cortázar

Depois de escrever sobre Frota, cometerei uma heresia com um grande escritor ao citá-lo no mesmo dia que um...digamos...ator. Julio Cortázar é o cara! Terminei de ler hoje o livro de contos Todos os Fogos o Fogo e estou impressionadíssimo com a qualidade das histórias.

Cortázar não tem aquele estilão de escritor que consegue produzir imagens belíssimas através das palavras. Pelo menos em Todos os Fogos o Fogo, o ponto alto dos contos do argentino é fazer pensar. Contar uma história com uma moralzinha escondida, um cutucão na humanidade, um soco no estômago dos conformados.

O próximo na lista é Bestiário, que comprei na rua por 4 reais, numa edição de 1971 da Expressão e Cultura.

A última fronteira

O senhor Alexandre Frota acaba de cruzar a última fronteira do culto à celebridade que no Brasil atinge níveis estratosféricos. Não duvido que seu caso deva estar, inclusive, sendo estudado em universidades brasileiras.

Vivendo, e muito bem, de aparições pagas com gordos cachês no circuito televisivo das emissoras menores (Gilberto Barros, Gimenez, Gugu, Ratinho, Raul Gil etc), Frota está se mantendo como figura onipresente na mídia há cerca de três anos.

Se não me engano, retornou a mídia ao lançar duas moças com silicone que rebolavam em programas de TV exibindo seios turbinados com o dinheiro de Frota. Em seguida, a grande tacada: a aparição na Casa dos Artistas. Para os que não se lembram, Frota chegou a sair da casa alegando não sei o que e só voltou após Silvio Santos dobrar seu cachê.

Na Casa, inventou o anteparo Silvio Mellow, que virou até bonequinho de brinquedo, e protagonizou cenas calientes com a insossa Patrícia Coelho, mesmo estando namorando Daniela Freitas, quatro ou cinco vezes capa da Sexy.

Isso tudo aconteceu em dezembro de 2001. De lá para cá, a figura de Frota não saiu da mídia, mesmo não fazendo nada de produtivo. Aparições na Turma do Gueto, ensaios de nu para revista gay e polêmicas forjadas com atrizes e modelos.

Eu estou aqui me perguntando, o que minha avó, que aniversaria hoje, pensaria se soubesse que no Brasil um ator pornô (ah, esse é o novo empreendimento de Frota) é disputado a tapa pelos programas vespertinos de TV.

Ator pornô? Frota cruzou a última fronteira, correto? Duvido!

terça-feira, janeiro 27, 2004

José Simão

José Simão estava impagável na sua coluna de hoje. Veja algumas pérolas:

"É o Brasil animal: o Galvão caiu do cavalo, Seleção toma gol de Vaca e o técnico é burro!"

"E já estão chamando Diego e Robinho de Darlene e Jaqueline. Da novela Celebridade. Fazem de tudo para aparecer e na hora dá tudo errado!"

"E o Lula demitiu o Cristovam Buarque por telefone. Mas demitir o ministro da Educação por telefone não é falta de educação?"

"E tem ministro que ficou surpreso com a demissão: Ué, mas eu era ministro?"

Cidade de Deus

E Cidade de Deus acaba de ser quadruplamente indicado ao Oscar (Fernando Meireles - diretor - e Braulio Montovani - roteiro adaptado, fotografia e montagem).

Não deixa de ser uma grande surpresa, apesar do merecimento, já que Cidade de Deus é um filme excelente. Valeu a iniciativa de reinscrever o filme após a não nomeação para o melhor filme estrangeiro no ano passado.

Nesta categoria, aliás, "nosso filme", Carandiru, não foi indicado. Tampouco Adeus, Lenin, o que foi uma pena. Resta "torcer" por Invasões Bárbaras.

A premiação será no dia 29 de fevereiro.

Globo de Ouro

Engraçado como as coisas mudam de importância conforme você vai amadurecendo. Eu sempre gostei de cinema - apesar de não me considerar um cinéfilo - e cresci respeitando bastante o Oscar, Globo de Ouro e esse tipo de premiação americana muito bonita e bastante chata.

No Globo de Ouro, o melhor filme foi Senhor dos Anéis 3. Eu não vi nem o 2, quanto menos o 3, mas pelo que assisti no 1, no DVD, esse filme nunca poderia ser considerado o melhor do ano. Mas como deve ter sido o de maior bilheteria...

As nove indicações para Cold Mountain, então... duvido que alguém de bom senso que assistiu o trailer ficou com vontade de assistir mais uma patriotada americana no cinema.

Sobre os prêmios ganhos por Encontros e Desencontros, deixa pra lá. Já falei o que achei do filme.

Mais São Paulo

Uma historinha engraçada que ouvi agora no GNT...

Perguntaram para o Adorinam Barbosa porque na música Trem das Onze ele canta "moro em Jaçana" se os moradores do bairro sempre se referem ao lugar como "no Jaçana".

No que o compositor respondeu:

- E eu sei lá onde fica esse lugar.

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Ah, se fosse no tempo do padrão Globo de qualidade

Falta para o Brasil na entrada da área:

Cléber "Paraguai-Chile" Machado - Tem gente que acha que o Dagoberto parece com o Zico.
Casagrande - Eu acho. Os dois têm o mesmo estilo e facilidade para bater na bola.

Dagoberto caminha e bate a falta no tornozelo dos paraguaios da barreira. Já comentei num texto no Blig Sports como a televisão vive uma escassez de bons comentaristas. Casagrande, que muda de opinião a cada cinco minutos, parece ser a melhor prova disso.

Critica Parreira, depois o elogia. Esculhamba Gomes, depois o elogia. Elogia Ricardo Gomes, depois o defenestra. Se ele ocupa esse posto na Globo, só é porque em alguma pesquisa de campo feita na Gaviões da Fiel ele é apontado como um bom comentarista.

VovôZinho

Eu aprovo a contratação do veterano Zinho. Pode não ser decisivo, mas tem garra e dignidade de sobra, o que, como vimos na derrota de ontem, é crucial no futebol.

Quando o Felipe, que já disse só esperar uma proposta para deixar o Flamengo, deixar de jogar alegando afta ou piolho, o Zinho pode ser o capitão da equipe e botar os moleques para correr.

No fraquíssimo Campeonato Carioca, Zinho é um bom reforço. Será para o Flamengo o que o Valdo é para o Botafogo.

Para, pelo menos, encerrar bem

Eu odiei essas comemorações exageradas dos 450 anos de São Paulo. Não assisti a nenhum show, desligo a tv assim que começa Um Só Coração e concordo com o Xexéo na frase que ele publicou no domingo no Globo:

"Como até “Kubanacan” acabou, não me parece ser demais acreditar que um dia vão acabar também as comemorações pelo aniversário de 450 anos de São Paulo."

Mas, e sempre existe um mas, o especial de São Paulo que saiu na Paralelos tem um conto sensacional, de puro impacto, que merece ser lido com atenção. Aqui está o link para Estilhaços, de Fransueldes Abreu.

Cordão do Boitatá

Em tempos em que os blocos carnavalescos têm patrocínio de empresas de telefonia e celulares e as escolas de samba elegem cinco musas da Globo como Rainhas de Bateria, o Cordão do Boitatá é quase um ET nas pré-comemorações do Carnaval carioca.

Não anuncia no jornal onde e em que horário vai desfilar, passa o chapéu para pagar "a bebida" dos músicos e esbanja alegria tocando apenas as velhas marchinhas de carnaval.

Neste domingo eu estive lá no Centro, acompanhando a folia e a diversão do grande número de pessoas que é arrastado pelo Cordão. É de se entender o pq da apreensão da galera com sair na imprensa. Se na moita aquele número de pessoas já aparece todo domingo, imagina saindo nos cadernos culturais do Rio?

Vira um Monoblobo e estraga tudo...

domingo, janeiro 25, 2004

Adriana Lisboa

O amigo e visitante constante aqui do Bohemias, Marcelo Moutinho, escreveu a bela resenha do novo livro da Adriana Lisboa, que saiu na última edição do Idéias, do JB.

O link para a resenha está aqui.


Cariocas Premiados

Cristiane Costa informa que o carioca Antonio Henriques Meloni ganhou o Prêmio Guimarães Rosa de Contos, promovido pela Rádio França Internacional. O trabalho premiado foi "Os dedinhos e o dois de fora". Ainda segundo a jornalista, outros dois cariocas foram premiados: Carmem Moreno conquistou o prêmio Casa da América Latina com "Dora", e Antônio Valente recebeu o Prêmio União Latina por "Crime Organizado".

Metrô-Biblioteca

O metrô da Cidade do México lançou na sexta-feira uma operação de empréstimo de livros, o que transforma as estações em bibliotecas subterrâneas com o objetivo de reduzir a criminalidade e instituir uma atmosfera amistosa para seus milhões de passageiros.

A prefeitura quer distribuir 7 milhões de exemplares nos próximos dois anos. Ela espera que as pessoas devolvam os livros, embora não faça da devolução uma exigência absoluta. A Cidade do México não é a primeira a instituir programa de estímulo à leitura em ambientes subterrâneos. Tóquio tem dezenas de pequenas bibliotecas em suas estações de metrô. Os japoneses acreditam que o empréstimo de livros acentue entre os passageiros o espírito comunitário.

Embora o índice de alfabetização seja superior a 90%, pouca gente lê, em parte porque a pobreza impede a compra de livros. É por isso que o projeto do metrô tem como objetivo criar 500 mil novos leitores. Os livros não são comprados com dinheiro público. O dinheiro vem de uma empresa privada que tem a concessão dos espaços de propaganda nos trens e estações.

Fonte: Folha de S.Paulo

sábado, janeiro 24, 2004

Encontros e Desencontros

Ontem assisti ao tão propalado segundo filme da diretora Sofia Coppola. Vou poupá-los de minhas impressões mais demoradas, pois não sou especialista nisso. Resumo em uma frase:não perca seu tempo.

Tirando as piadinhas crueis com os japoneses (e sua neo-pop culture) não sobra quase nada. O filme é monótono, não tem linha condutora e só trata de personagens esteriotipados.

O oba-oba da crítica especializada, que diz que o filme será indicado ao Oscar, que a protagonista também será indicada e que a filha (Sofia) está na frente do pai (Francis Ford Coppola) não se justifica de maneira alguma.

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Estou sem celular

É, amigos. Ontem virei uma estatística. Fui assaltado numa rua aqui perto de casa. Me levaram o celular e 10 reais. Mas dos males o menor. Foi um assalto social, nem fiquei com o coração acelerado.

Um rapaz da minha altura, vestindo camisa social laranja, novinha, veio me seguindo desde o Largo do Machado. Não achei que fosse nada, até porque nem tive tempo de olhar para trás, já que os sinais sempre fechados não me deram motivos para parar.

Chegando na São Salvador, na rua que liga a Conde Baependi com a pracinha, o rapaz (a cara daqueles irmãos de atores com nome dinamarques que fizeram Cidade de Deus) puxou um papo estranho sobre o nome da rua, se eu morava ali, essas coisas...

Quando eu preparava para atravessar a rua e dar o fora (eram 21h, não tinha viv'alma na ruazinha), ele falou:

- Ei, tranqüilo, tranqüilo. Meu amigo aí atrás está com um revólver. Passa o dinheiro.

Eu estava tranquilo, o rapaz, até certo ponto, também, mas o "amigo" dele, chegou um pouco mais nervoso, afoito. Parecia ser mais velho e estar bêbado, mas eu não olhei para trás para não dar razão para nervosismo.

Entreguei os 10 reais que tinha no bolso, mas pedi minha carteirinha de estudante e identidade. O cara deixou ficar comigo sem problemas. Estava carregando uma sacola de roupas que estavam na casa da minha namorada (da onde vinha), com um livro de Tchecov e meus óculos dentro dela também.

O "amigo" afoito queria levar tudo, mas pedi para tirar os óculos. O rapaz que me abordou consentiu. Neste momento também pediram "o telefone", e perdi meu celular. A sacola acabou ficando intacta comigo, porque os dois ficaram nervosos e acabaram correndo.

Revólver eu sinceramente não vi (ou senti). Se tinha mesmo eu nunca vou saber, mas acredito que sim, afinal ter armas hoje em dia é a coisa mais fácil do mundo. E não acredito que me abordariam, um jovem sadio, de mãos abanando.

O que fica da experiência é uma certa ironia, de pensar que no mesmo dia ainda morreram 14 traficantes no Rio e enquanto isso o Garotinho (Governador do Estado) só pensava em dar segurança aos tricolores no domingo em Conselheiro Galvão.

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Sergio Sant'anna

Tá no ar uma entrevista com o Sergio Sant'anna no Portal Literal.

Gostei bastante desta passagem:

"IDIOSSINCRASIA - Em "Um conto obscuro", um dos pontos altos do livro, você escreve que "para escrevê-lo o contista busca em si forças misteriosas, obscuras, que lhe concedam um texto belo que o compense de sua tamanha solidão, fazendo-o sentir-se, por meio dele, amando e sendo amado, ainda que esteja absolutamente só em seu apartamento". O processo de buscar essas forças "misteriosas e obscuras" é sempre doloroso. Escrever tem que ser, ao menos para você, uma atividade atormentada?

SÉRGIO - Eu não acho que escrever tenha de ser uma atividade atormentada para todo mundo. Aliás, eu gostaria muito de escrever com mais alegria. Mas o fato é que tem sido, quase sempre, para mim, uma atividade atormentada. Muitas vezes sinto desejo de parar de escrever. Há momentos, até, que a coisa me satura. Mas até agora não consegui esse despojamento. Mas é possível que eu chegue a ele um dia. Acho também que se escreve demais no Brasil atualmente. É impressionante a quantidade de livros que é lançada, de pessoas que querem escrever a qualquer preço. Talvez seja o caso de as pessoas escreverem – ou publicarem – menos e buscarem um salto qualitativo. Agora, nessa pergunta você tocou também no tema da solidão, e ao escrever um texto – caso o realize bem – você pode sentir-se menos solitário. Posso parecer até absurdo, mas uma história de amor pode ser vivida entre um autor e sua personagem. Assim foi escrito, por exemplo, "A mulher nua". "

Ainda sobre futebol

Hoje estou com vontade de falar de futebol. O Flamengo só contratou barangas para esta temporada. Hoje saiu no jornal que quatro jogadores que estavam em período de testes foram aprovados. O que mais me intrigou foi o lateral-esquerdo Nielsen, que segundo informações jogou no Ituano.

Com este jogador, o Flamengo terá quatro laterais-esquerdos para o Campeonato Estadual. O mentira Cássio, o horrorosso Anderson, o refugo do Corinthians Roger e agora esse Nielsen. Aí eu pergunto: por que não juntar a grana que estamos pagando para esses caras e trazer um lateral bom para ser titular?

O Paulo César, que jogou no Flu, seria o nome perfeito, mas o Flamengo deixou ele ir para o Santos, jogar como lateral-direito, posição que provou ser péssimo no passado.

Na estréia do Estadual, o Flamengo já vai perder os primeiros pontos contra a Cabofriense. Podem anotar.




Biografia de Pelé por José Castello

O jornalista, crítico literário e escritor José Castello lança nesta noite Pelé, os dez corações do Rei(Ediouro), biografia do melhor jogador de futebol de todos os tempos.

Castello é um biógrafo experiente e qualificado. Deve ter feito um ótimo livro sobre Pelé. O mais interessante é que a biografia se concentra na carreira do ídolo em sua época de jogador, deixando de lado aquela chatice dos primeiros chutes na bola, casamentos e contratos de publicidade.

Ninguém descobriria porque Pelé foi Pelé olhando para a sua infância. Genealidade no mundo da bola não tem respostas.

O lançamento do livro será na Livraria Cultura, às 19h30, em São Paulo. O preço é de 29 reais.

Brasil Olímpico

Cadê o fantástico time brasileiro sub-23 que falavam que ganharia do time pentacampeão? Ontem jogamos direitinho, mas na hora de fazer a diferença faltaram os Rs. Os Ds (Diego, Daniel Carvalho, Dudu Cearense e Dagoberto) são bons jogadores, mas não estão conseguindo decidir as partidas.

E o Elano, hein? Tá machucado ou amarelando mesmo?

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Pessoas do Século Passado

Eu lembro de ter ido na festa Pessoas do Século Passado logo na sua segunda edição. Lembro que os releases nos jornais falavam em resgatar as coisas positivas do século passado.

Pois ontem, no Dia de São Sebastião, padroeiro da nossa cidade, entrei por acaso no site. Nem sabia de sua existência. Encantei-me com o conteúdo e o visual bem cuidado e resolvi mandar o Pavão, pequeno texto que postei aqui dias atrás.

Bom, o continho já está no ar. Quem quiser conhecer o site, aqui está o link.


No show do Paulinho da Viola

Ontem teve show gratuito do Paulinho da Viola na praia, patrocinado por uma empresa de telefonia. A Claro (dando nome aos bois) resolveu fazer uma gracinha para animar ainda mais o show. Prometeu colocar nos telões, ao lado do palco, torpedos enviados por seus assinantes que estivessem no show.

Não sei exatamente qual era a expectativa da empresa com a brincadeira. Se gostariam de ler elogios ao cantor, agradecimentos a empresa pela realização do show ou frases de amor.

Como brasileiro só pensa naquilo, 90% das mensagens tinham conteúdo sexual. Eis que, em dado momento, entre um close e outro no Paulinho da Viola, aparece a seguinte mensagem: "Rafael, chupo muito tudo isso".

terça-feira, janeiro 20, 2004

O amigo do Emiliano

Cadê o negão da parceria? Essa era a pergunta com que era recebido o Gabriel, amigo do Emiliano, um dos compositores do samba desse ano da Mangueira. Muito legal a matéria que saiu hoje no JB:

"E a maior prova de que a Zona Sul invadiu a Mangueira está justamente no samba-enredo, do quarteto Almyr Filho, Cadu de Sá, Gabriel Machado e Guilherme Gonçalves. Os dois últimos vivem nessa parte da cidade. Gabriel Machado então é um típico filho da classe-média alta: vive no Jardim Botânico, é estudante de direito da PUC e tem 22 anos. Para os puristas, isso pode significar a prova definitiva de que o samba-enredo não é mais como antigamente. Mas, para a maioria dos freqüentadores, a composição funciona, e muito bem.

- Já faz quatro anos que participo da disputa de samba-enredo e sempre cheguei à final. No começo as pessoas achavam estranho. Ao verem aqueles caras branquelos, perguntavam: ''Cadê o negão da parceria?''. Mas agora sou recebido como se estivesse em casa - comemora Gabriel."

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Citação

Lendo o livro de crônicas do José Castello (Global Editora):

Uma vez perguntaram a Clarice Lispector por que ela sempre escrevia o mesmo livro e ela respondeu: "Porque esse é o livro que tenho de mim".

Cada escritor tem seus temas favoritos, seus fantasmas - uns vencidos no final de um conto, outros que precisam de trilogias e alguns até eternos. Mas não acredito que cada pessoa tem somente um livro dentro de si, e que todo seu trabalho ficará circunscrito nos mesmos temas e situações.

Só posso concordar com a afirmação se a definição de livro usada seja algo maior, que, ironias a parte, não poderia ser traduzido em um livro.

Mas a frase de Clarice é fortíssima.

domingo, janeiro 18, 2004

Oséas no Fla?

Faz isso comigo não.

Caco Belmonte

Caco Belmonte, jornalista e escritor gaúcho, mandou-me um e-mail comentando o conto Adequado. Não foi um daqueles elogios vazios, mas um e-mail daqueles longos, com sustância. Respondi prontamente.

Pois bem, o Caco colocou meu conto e a troca de e-mails no blog dele. Agradeço a gentileza e recomendo a leitura do conto dele que saiu na Paralelos: Dezembro.

sábado, janeiro 17, 2004

Estado ou iniciativa privada?

Os dois grandes "eventos" do Rio neste fim de semana, tirando as festividades pré-carnavalescas, mostram uma contradição interessante. Na Zona Sul, em um local lindíssimo, o Jockey Club Brasileiro, o Vivo Open Air oferece filmes na maior tela de cinema do mundo. O preço, mesmo com o patrocínio(?) da empresa de telefonia, são salgadíssimos 26 reais.

Do outro lado da cidade, no Cais do Porto, em local muito bonito que já abrigou a Primavera dos Livros deste ano, a Prefeitura da cidade está organizando um super-evento de teatro chamado Porto dos Palcos. Serão encenadas 52 peças entre janeiro e março. A entrada na área de conveniência (palestras, bares etc.) é franca. As peças custam 5 reais.

Nada contra a empresa de telefonia, mas eu estou indo para o teatro.

quinta-feira, janeiro 15, 2004

Celebridade

A novela da vida real imita a novela. Espertíssimo o comentário do Sérgio Rodrigues, em texto publicado no no.mínimo:

"Tão inseparáveis quanto os peitinhos da frentista (só podia ser, não?) Solange, que logo no primeiro dia do BBB4 mostrou ter aprendido a lição que Gilberto Braga ensinou ao Brasil por meio de Juliana Paes, aquela personagem de “Celebridade” que deu certo. Para quem não sabe, trata-se da moçoila que, já no primeiro capítulo da novela, viu um pelotão de fotógrafos e vupt, baixou o top. A frentista fez o mesmo diante da câmera oculta ou nem tão oculta no banheiro. Distraída? Acabou sendo a autora do único tabuísmo – em versão visual – da estréia. Deve ter vida longa na casa."

Uma pergunta para se pensar

No blog do Marcelino Freire tem o link para o chat que ele e o Cassiano Elek Machado participaram em dezembro. Estava olhando a transcrição da conversa, quando uma pergunta, de um certo Mentiroso, chamou-me atenção:

(07:20:16) Tony Monti: Marcelino: depois de ler um montão de coisa, você não acha que está quase todo mundo escrevendo o mesmo livro? Quem é que escreve diferente?

e a resposta...

(07:21:45) Marcelino Freire: Tony, o tempo é o mesmo para todo mundo... Creio que a linguagem, a visão de mundo de cada um é bem particular. Eu posso falar do mesmo sexo sujo do Mirisola, mas usando o meu maracatu, entende? A gente acaba escrevendo diferente. Cada um com a sua respiração, piração, sei lá. Por isso a diversidade desta Geração...

Vou tentar dar minha resposta também: acho que a verdade é que nem todos que escrevem lêem tanto quanto deveriam. Escrever por instinto está na moda. Sinto falta também de críticas mais construtivas. Tá todo mundo sempre se elogiando sem nenhuma ressalva. Não é assim que evoluíremos.

Outra coisa que me assusta é o uso abusivo de primeira pessoa. Tem muita gente que só consegue trabalhar assim, se esquecendo que esse é só um recurso, e não uma imposição. Como disse o Cláudio Figueiredo na matéria que saiu esta semana no Portal Literal:

"...o que restará do escritor se lhe arrancarem esse discurso na primeira pessoa e tudo que representa? Ele conseguirá recriar um universo minimamente diferente daquele em que está encerrado?"

Sexo, Amor e Traição

Até que esse novo filme da Globo Filmes, Sexo, Amor e Traição, não é de todo mal. O roteiro é simples e cai na obviedade algumas vezes, mas pelo menos diverte com cenas engraçadas. Para quem foi ao cinema não esperando nada, até que valeu a pena.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Starte

Alertado pelo Augusto Sales, assisti ontem à noite ao programa Starte, na Globonews, que tratava sobre revistas culturais. Achei o programa um pouco repetitivo. Apesar do grande número de entrevistados, o tema não decolou. Achei que a pauta ficou muito presa a perguntas sobre a pouca durabilidade das revistas e outros pormenores, ao invés de pensar no conteúdo destas.

Em certo momento, quando foi abordado o tema do jornalismo cultural diário achei que o programa poderia decolar, com questionamentos sobre o processo de transformação dos cadernos em agendas de programas, mas as entrevistas engasgavam, devido a enorme edição e os contra-planos exagerados.

O tema renderia uma continuação. Ou pelo menos um programa maior.

terça-feira, janeiro 13, 2004

NBA

Hoje tem Nenê x Leandrinho ao vivo, às 0h, na Espn Internacional.

Será a segunda vez que brasileiros se enfrentaram na NBA, sendo que a primeira que terá transmissão ao vivo para cá.

Quem gosta de esportes não pode perder!

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Argumento.net

Mais um conto meu vai passear pela Internet. Mandei um conto chamado Adequado para o Argumento, site de cultura gaúcho de primeiríssima grandeza e eles publicaram, colocando inclusive o link para o Bohemias.

Aos que através do link chegaram, sejam bem-vindos. Aos que aqui já visitam, dêem uma olhada no Argumento.

O conto lá publicado é uma continuação de uma passagem que já postei por aqui. Relembremos:

"O cuspe foi direto no meu olho, mas nem pisquei. Fiquei parado, encarando, desafiando. A gosma branca escorreu lentamente pelo rosto, com visco, descendo pela bochecha com uma precisão espantosa. Quando a trilha estava na altura do meu pescoço, passando pela minha gravata mal amarrada, limpei o espelho com uma nesga de papel higiênico e joguei minha raiva pela privada.

Todo dia faço isso, como um hábito, ritual tosco, último resquício da minha hombridade perdida para este cargo de executivo de vendas, mentiroso profissional.

Despeço-me de tudo aquilo que sempre acreditei, aperto o nó da gravata vermelha, coloco gel no cabelo, o penteio para trás, cuspo no espelho e pronto, já posso partir para mais um dia de trabalho.
"

Para ler a continuação do conto, só entrando no link...

Parabéns público

Não chega a ser púuuublico, porque esse blog não é lido por tanta gente assim, mas gostaria de parabenizar dois amigos que estão dando show no jornalista esportivo brasileiro: Vitor Sergio Rodrigues e Emiliano Tolivia.

O Vitor fez uma ótima matéria sobre a rivalidade entre o LeBron James e o Carmelo Anthony (dois jovens jogadores da NBA, para os não afeitos ao esporte) que saiu no último domingo na Lance A Mais.

Já o boêmio Emiliano Tolivia, co-assina a matéria do Fluminense desta segunda. Não sei se a primeira vez que isso ocorre, porque não costumo comprar o Lance, mas imagino a felicidade do amigo em receber para escrever sobre o seu time de coração.

domingo, janeiro 11, 2004

Livro-caixa

Saiu na coluna Entrelinhas, escrita pelo Cassiano Elek Machado, na Folha de São Paulo, uma notinha sobre o curso que fiz em 2003. O conteúdo é o mesmo, mas o preço...quanta diferença! Vindo da FGV não se esperava outra coisa.

"O universo editorial chega ao pomposo universo do Master of Business Administration. A FGV do Rio (www.fgv.br) está lançando o curso mais amplo já feito sobre o livro como negócio. Como bom projeto à MBA, o curso tem nome gringo: Publishing Management. As aulas começam no dia 19 e deslizam por 198 horas, até setembro.

O time de pedagogos é peso pesado. Inclui editores de grandes, como Luis Schwarcz (Cia das Letras), Sérgio Machado (Record), Vivian Wiler (Rocco), de pequenas (Marta Ribas da Casa da Palavra e Jorge Viveiros de Castro, da 7Letras), agentes (Lucia Riff), críticas literária (Heloísa Buarque de Hollanda e Marisa Lajolo), livreiros (Rui Campos, da Travessa), entre outros.

'A idéia é tratar de todas as facetas do livro, como produto, como negócio e como arte', explica a coordenadora do projeto, Sonia Rodrigues. A escritora e professora diz que o curso (que custa R$ 6.500) Deverá ter filial paulistana em breve."

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Zeca Pagodinho

Surrupiei da minha irmã a biografia do Zeca Pagodinho (Relume Dumará/ Prefeitura do Rio), que faz parte da coleção Perfis do Rio, que já teve livros dedicados à figuras importantes como Chico Buarque e Paulinho da Viola.

A leitura do livro, escrito pelo jornalista Luiz Fernando Vianna, mostra que o Zeca é mesmo aquela pessoa que você imagina ser. Brincalhão, que adora curtir um samba com a turma dele, mas é meio reservado quando se sente peixe fora d'água.

O que mais me intrigou no livro é saber que cada compositor dos sambas que ele lança em seus discos, ganha, no mínimo, R$ 30 mil. Isso é dinheiro pra cacete! O legal é que ele, sabendo da importância da grana na vida dos outros, tenta balancear o repertório com uma música de cada um.

Leitura leve, no espírito das músicas do biografado.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

IMPRESSÕES 7

Pavão

Os olhos eram quase brancos. A catarata formara uma névoa lenta e silenciosa. Caso ele ainda se enternecesse e chorasse, suas lágrimas desceriam como córregos, nos sulcos que esculpiam seu rosto.

Vinha andando, pé ante pé, na direção do ponto do jogo do bicho. O corpo frágil, vestido com a mesma camisa azul marinho desbotada. Manchada por tantos catarros e desencantos que caíram em sua malha durante os anos. A bermuda era nova, vermelha, moderna. Presente de segunda mão. A filha dera para o neto, que não gostara. Estava fora de moda. Manda pro velho que ele usa. Usa.

Chega calado e espera pela sua vez. Parece distraído:

- Deu galo, Seu Ademir.
- O que?
- Galo na cabeça. 13!
- Galo?

Olha o papelzinho. Com a mão chega o comprovante para frente e para trás, procurando achar o foco.

- Você não ganhou, Seu Ademir. Deu galo.
- É, perdi.
- Quem sabe amanhã não dá o pavão na cabeça? Pode ser o grande dia.

Virou-se, apoiando na vitrine da loja em frente para não cair, e saiu balbuciando pensamentos. Os passos tímidos e inseguros o levariam de volta, o protegendo contra a névoa branca. Mas amanhã estaria de volta. E mais uma vez jogaria no pavão. Um bicho que nunca tinha visto, mas diziam que era belíssimo. Todo colorido.


Tutty

Duas do Tutty Vasquez*:

Façam suas apostas

Na sua opinião, quem serão os protagonistas do mega escândalo homossexual que os intelectuais estão prevendo para a segunda Festa Literária de Paraty:
a) Zuenir Ventura e Carlos Heitor Cony;
b) Armando Freitas Filho e Luís Fernando Verissimo;
c) Luiz Schwarcz e Elio Gaspari;
d) Paulo Coelho e Harry Potter

Substituição

Com a transferência de Rivaldo para o Cruzeiro, o prefeito César Maia deve anunciar a qualquer momento a contratação de Guggenheim pelo Botafogo.

*Fonte: No Mínimo.


quarta-feira, janeiro 07, 2004

Entrevista

Fiz uma entrevista bem interessante com o escritor paulista Tony Monti, que deverá sair no final do mês na Paralelos. Ainda vou finalizar a cabeça da entrevista e escrever a resenha do Mentiroso, livro do Tony, que entrará no especial sobre a coleção Rocinante (da 7Letras), que o Augusto, editor da Paralelos, está montando.

Eu avisarei aqui quando a matéria estiver no ar. Vale a pena ler as respostas do Tony.


Time de segunda

Acho que o Flamengo caiu para a Segundona ano passado e eu não fiquei sabendo. Não é possível levar a sério um time que contrata Juliano, ex-Náutico, Rafael Rodrigues, ex-Juventude, Roger, ex-júnior do Corinthians e ainda traz Júnior Baiano, o famoso caso de um ex-jogador em atividade.

Enquanto isso, o Edílson continua curtindo suas férias arretadas em Salvador. Depois do Carnaval ele aparece.

terça-feira, janeiro 06, 2004

21 gramas

Na última sexta fui na Maratona do Odeon e assisti ao novo filme do Alejandro González (ou seria do roteirista Guillermo Arriaga?), diretor de Amores Brutos.

O filme é muito bom, o roteiro é uma confusão interessante, o Sean Penn é excelente, mas eu não enguli essa história de que a morte pesa 21 gramas.

No final do filme rola um discurso em off dizendo que quando morremos o corpo perde 21 gramas. Pois é, eu achei forçado, forçado.

Com esse off o filme perdeu uma estrelinha numa escala imaginária de notas deste que vos escreve.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Livros

Duas aquisições na minha última visita ao sebo na sexta passada: Malhação do Judas Carioca, do João Antônio, e Os Homens dos Pés Redondos, do Antônio Torres.

Tá difícil é arranjar tempo nesta semana corrida que se avizinha.

Rodada dupla de samba no sábado

A noite começou no frio da chuvosa Praia do Flamengo, escutando a mega roda de samba e terminou quente na Mangueira, onde estive pela primeira vez.

É o Carnaval que se aproxima!

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Bom samba de graça*

Uma grande roda de samba será formada na Praia do Flamengo, em frente à Rua Dois de Dezembro, a partir das 19h deste sábado. Para dar boas-vindas ao ano novo e preparar os cariocas para o Carnaval, 53 celebridades do mundo do samba estarão reunidas em um espetáculo gratuito.

No palco estarão figuras tradicionais como Nei Lopes, Almir Guineto, Délcio Carvalho, Dona Ivone Lara, Elton Medeiros, Luis Carlos da Vila, Monarco, Moacyr Luz, Nelson Sargento, Walter Alfaiate, Wilson das Neves e Zé Luiz. Eles vão dividir o espaço com novos talentos do samba, entre eles Toninho Geraes, Mart'nália, Luciane Menezes e Nilze Carvalho.

O espetáculo está programado para durar quatro horas. Cada artista vai cantar uma ou duas músicas, com acompanhamento dos grupos Toque de Prima e Regional do Pretinho da Serrinha.

*Retirado do JB Online.

Festival de cinema

Uma das minhas primas que moram em Israel é cineasta. Ela está produzindo um Festival Latino-Americano de cinema por lá, e me pediu indicações de filmes brasileiros recentes. A preferência é por filmes originais e que não chegaram por lá.

Pensei em indicar Amarelo Manga, Madame Satã e O Homem que Copiava. Alguém tem outra sugestão?

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