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segunda-feira, maio 31, 2004

Pipishow literário

Recado de Mara Coradelo via Orkut:

"Pipishow literário

Uma leitura que pretende desnudar novos autores em textos inéditos!
Com a presença da Catuaba Pocket: Cecília Giannetti, Maria de Fátima e João Paulo Cuenca com baladas, experimentações e verdadero encantamento auditivo (e visual).

O Pipi (como está sendo carinhosamente chamado) vai ter ainda a participação das moças do Rótulo da Catuaba O Selvagem servindo em doses nada moderadas a própria!

Tudo isso no aprazível bairro de Copacabana, na cult Baratos da Ribeiro.

Maurício promete livros adequados a platéia, já escondidos e prontos para consumo no dia 5 de junho.

Ah, o motivo principal: leituras de autores contemporâneos ligados ao movimento Paralelos, ou seja: textos diversificados e entrelaçados por identidades díspares e próprias.

Vai ficar em casa?
Humpf.

Te espero lá!


Box:
O quê? Pipishow Literário
Quando: 5 de junho a partir das 17 horas
Onde: Baratos da Ribeiro - R. Barata Ribeiro, 354 . Perto do Metrô Siqueira Campos

Tem também:

ESQUETES URBANÓIAS

Com Gilberto Behar e Daniela Moreira {às 18:00 h}."

E não é que ela está na moita escrevendo de novo no Caderno Branco...

domingo, maio 30, 2004

Gago

É lento, mas o processo parece irreversível. Estou ficando gago. Não é por nenhum problema de trauma, decepção, nada disso. O caso é que cada vez tenho menos ar para respirar. Meu nariz está há meses fechado, em desuso, quase um grande ornamento no meu rosto. E aí preciso respirar pela boca.

Como tenho que respirar de x e x segundos, corto uma palavra pelo meio para respirar. Aí pareço gago.

É sério.

sexta-feira, maio 28, 2004

Rodada dupla na Matriz

Essa é uma ótima idéia. Jantar e ir aproveitando o ambiente na boate. Melhor ainda se o "Cuisene Jockey" (que coisa mais modernosa) é conhecido e faz ótimos pratos. Boa sorte ao Lucas, que, pelo que sei, estréia neste tipo de evento. Para degustar o cardápio (sopa francesa de cebola com mini bolinhos de aipim como entrada e duas opções como prato principal: feijoada de camarão com farofa de dendê ou angu mole com navarrã bovino. De sobremesa, um delicioso quiche Romeu e Julieta) são apenas 19 reais, com direito a ficar na Matriz depois.

Para quem está namorando, ótima opção para variar no sábado. Para os que estão na guerra, a Matriz também vale a pena. Agora, para os que estão macambúzios, querendo arranjar namorado/a, só tenho a dizer que foi lá que conheci a Bá, e também teve comida envolvida na história.

Eu farei forfait, pois tenho um casamento - falo mais sobre isso mais tarde. Boa sorte ao Lucas, Daniel e toda família Saadi, aos quais conheço há - hum, como o tempo passa - 14 anos.


'La junk cuisine' chega a sua segunda edição na Casa da Matriz'

Globo Online

"RIO - Depois do sucesso da primeira edição, "La junk cuisine" volta à Casa da Matriz neste sábado com novo cardápio. Com o princípio "elaborar pratos para paladares refinados sem frescuras", o Cuisine Jockey (CJ) Lucas Saadi faz uma mistura de ingredientes e temperos da alta gastronomia e da junk food. A pista de dança da Matriz se transforma em um espaço para jantar à luz de velas, com soft rock e samba jazz na trilha sonora assinada pelo DJ Sebadelic. No cardápio, sopa francesa de cebola com mini bolinhos de aipim como entrada e duas opções como prato principal: feijoada de camarão com farofa de dendê ou angu mole com navarrã bovino. De sobremesa, um delicioso quiche Romeu e Julieta.

Além do jantar serão exibidos filmes em 16 mm e o documentário do "La junk cuisine", realizado pela Cinema Tique Produções, com vídeo de Márcio de Andrade, na primeira edição do evento. O menu degustação sai por R$ 19 por pessoa, com direito a uma taça do vinho argentino Santa Silvia. O pacote ainda inclui esticar a noite nas festa Paradiso e Freak Db. A Casa da Matriz fica na Rua Henrique de Novaes 107, Botafogo."

quarta-feira, maio 26, 2004

Diário de Viagem

De volta ao Rio, depois de dia intensivo na redação em SP. Cheguei segunda à noite e fui levado ao excelente bar São Cristovão, em alusão ao nosso São Cri-Cri carioca, todo decorado com motivos futebolísticos. Grande papo, ótimo chope e nada de pastel... é que me adiantei em pedir bolinho de bacalhau - que em SP não é bolinho, mas algo parecido com um croquete.

Conheço pouquíssimo SP, mas me pareceu uma grande Avenida Brasil - comparação para leitores cariocas - cheia de viadutos, engarrafamentos e fábricas as margens da estrada. Tudo é muito longe, pouca gente a pé pelas ruas, o que me deu uma certa nostalgia do Rio.

Aqui, mesmo com a violência, todo mundo ainda anda a pé, conversando. Lá as distâncias são grande demais, o clima frio, não dá para ser assim. Vai ver que é por isso que os paulistas gostem tanto de shopping, onde o clima é controlado e dá para andar batendo papo.

Bom, impressões podem mudar, e espero voltar nos próximos meses, com mais tempo livre, para aproveitar a agitação cultural paulista. Agradeço ao Ogata pela estadia.

segunda-feira, maio 24, 2004

PS:SP

Gone to SP. Back wednesday morning.

Sessão de Gala

A Globo tá programando bons filmes para a sessão de 1h da madruga de domingo. Na semana passada foi Forrest Gump, ontem Snatch - Porcos e Diamantes. Grande filme. Estética meio video-clipesca, mas o humor britânico é bem legal.

Guy Ritchie, o maridão da Madonna, é um cineasta interessante. Snacht é a cópia piorada de Jogos, trapaças e dois canos fumegantes, seu filme anterior, que eu adorei. Não sei se ele lançou alguma coisa depois, mas eu assistiria na boa.

Vamos ver o que a Globo passa nesta semana...

Ontem também assisti ao filme do Walter Salles. Maravilhoso. Não sei nada da vida do Che - nunca fui comunista no colégio - mas percebi a intenção de capturar a mudança na essência do homem Ernesto. Até o olhar mudou. Foi muito bem o Gael Garcia Bernal. Melhor ainda o gordito Rodrigo Serna. Sério candidato ao Oscar de melhor coadjuvante.

O elenco de apoio é muito bem escolhido. Falaram das locações, mas acho que o que pesa mesmo no filme não são as paisagens, mas as pessoas. Os rostos macilentos falam mais que mil discursos de Guevara.

sábado, maio 22, 2004

Sinal dos tempos

Urca, rua Candido Gafreé. Passando por uma esquina, a placa meio amassada em letra estratégica por um gaiato.

Rua Roquete Pinto.

É, tava parecendo isso que vocês pensaram mesmo.

Afirma Izhaki

Muito engraçado ler uma "declaração" minha em revista. Pena que não consegui comprar o Lance! hoje. A matéria está aqui.

"Na opinião de Flávio Izhaki, colunista do site da RedeTV!, que transmite os jogos da NBA em TV aberta no Brasil, a cidade de Charlotte não comporta um time profissional da NBA, por causa da presença de três times universitários muito fortes e de tradição: Duke, North Carolina (de onde saiu Michael Jordan) e North Carolina State.

- O público que gosta do basquete no estado é extremamente ligado à universidade em que estuda ou estudou. Por isso prefere ir ao basquete universitário do que ao jogo da NBA - afirma Izhaki, que estudou em Duke."

quinta-feira, maio 20, 2004

FLIP - saiu a programação

A Folha (representada pelo competentíssimo Cassiano Elek Machado) furou os demais jornais e publicou na edição de hoje a programação oficial da Festa Literária Internacional de Parati (FLIP). Para facilitar o trabalho para quem não é assinante UOL, colo logo a matéria aqui:

Parati para todos
Em sua 2ª edição, festival literário cresce e traz Paul Auster, Martin Amis e Margaret Atwood

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL

A criança já nasceu cercada de mimos e agora, no primeiro aniversário, tem uma festa de arromba -e, melhor, sem palhaços.

A Flip, a Festa Literária Internacional de Parati, chega à sua segunda edição em julho próximo maior em todos os quesitos: mais dias, mais autores e mais espaço para o público.
Principal evento literário do país, o jovem festival ancorado na cidade histórica do Estado do Rio colocou anteontem o ponto final na sua programação, neste ano repleta de superlativos (preste atenção em quantos "um dos maiores" vêm em seguida).

Estarão na antiga rota do ouro três dos maiores autores da literatura britânica, Ian McEwan, Martins Amis e Margaret Atwood, um dos maiores nomes da literatura americana, Paul Auster, quatro medalhões da literatura nacional, Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro, Moacyr Scliar e Luis Fernando Veríssimo.

A lista segue com o crítico Davi Arrigucci Jr., dos principais ensaístas do país, que fará a palestra de abertura da 2ª Flip, com Francisco Alvim, dos maiores poetas do país, com José de Souza Martins, dos principais sociólogos brasileiros, e "last but not least" com a dupla: Chico Buarque e Caetano Veloso (e ponto).

Idealizado pela inglesa Liz Calder, uma das maiores (mais um) editoras do Reino Unido, sócia da Bloomsbury (casa que descobriu o garoto "Harry Potter"), a Flip deixa de ser uma festa bilíngue.
Se na primeira edição, estrelada por autores como Eric Hobsbawm, Julian Barnes e Don DeLillo, a festa só falava inglês e português, desta vez ela recebe também o francês (representado por Pierre Michon e Geneviève Brisac) e o espanhol (defendido pelo argentino Pablo de Santis e pela espanhola Rosa Montero).

Entre os 38 autores da festança (mais numerosos que os 25 da Flip inaugural) também estarão pela primeira vez lusofalantes d'além-mar: os portugueses Miguel de Sousa Tavares e Lídia Jorge e o angolano José Eduardo Agualusa.

Eles terão uma arquibancada mais cheia do que a disponível aos autores da edição passada do festival. A Flip troca o charmoso, mas abafado e pequeno, casarão colonial de sua primeira dentição por uma tendona.

"O resultado da primeira Flip foi esplêndido, mas com tudo de muito positivo mostrou um bocado de coisas que precisavam melhorar: podia e devia ter fôlego maior e, sobretudo, deveria estar acessível para um público maior", conta Flávio Pinheiro, diretor de programação da Festa, patrocinada pelo Unibanco e pela Biblioteca Nacional.

Ele diz que na ponta do lápis cabiam no primeiro espaço da Flip 178 espectadores e que agora serão 550 as cadeiras no espaço principal. Uma segunda tenda, instalada do outro lado do riacho que corta Parati, acomodará outros 800 leitores que assistirão às palestras por telão. Completa o "acampamento" uma tenda de autógrafos e venda de livros.

Serão muitas as novidades na barraquinha em questão. Boa parte dos autores escalados para a Flip estão lançando novos livros, como Paul Auster ("A Noite do Oráculo", da Companhia das Letras) e o também destacado britânico Jonathan Coe (que terá seu "Clube dos Podres", da Record).

Um grupo maior é dos que publicam seus primeiros títulos no Brasil, com a Flip: Rosa Montero terá romance pela Ediouro, Miguel Sousa Tavares terá seu polêmico "Equador" pela editora Nova Fronteira, Pierre Michon faz sua "quase-estréia" com "Vidas Minúsculas", com livro pela Estação Liberdade.

Vidas maiúsculas também terão vez. Se em 2003 a Flip festejou Vinicius de Moraes, desta vez serão dois celebrados: Guimarães Rosa e James Joyce. É só o começo.

Programação:

7 de julho (quarta):

18: "A travessia do grande sertão: uma introdução a Guimarães Rosa", por Davi Arrigucci Jr

8 de julho (quinta):

10h - "Urbana prosa: caras novas", com Joca Reiners Terrom, Marcelino Freire e Daniel Galera.

11h30 - "A lírica exata; três vozes", com Francisco Alvin, Antonio Cicero e Arnaldo Antunes.

15h - "Sátira política, sátira social", com Jonathan Coe e Jeffrey Eugenides

16h45 - "Léxico familiar", com Siri Hustveld. Lídia Jorge e Colm Toíbin.

19h15 - "África e Brasil: verdades tropicais", com Caetano Veloso e José Eduardo Agualus.

9 de julho (sexta)

10h - "Breves (e exemplares) histórias", com Luiz Vilella e Sérgio Sant'Anna.

11h30 - "Duas narrativas inovadoras", com Pierre Michon e Raimundo Carrero.

15h - "Basta um dia", com Colm Toíbin.

16h30 - "A ficção especulativa", com Margaret Atwood

18h "Vozes femininas", com Rosa Monteiro, Iasbel Fonseca, Adriana Lisboa e Geneviév Brisac.

10 de julho (sábado):

10h - "A História como inspiração", com Miguel Sousa Tavares e Pablo de Santis.

11h30 - "Exclusão social: fato & ficcção", como Ferréz e José de Souza Martins

15h - "Os clássicos dos clássicos", com Lygia Fagundes Telles, João Ubaldo Ribeiro e Moacyr Scliar.

16h45 - "Humor, do traço à palavra", com Luis Fernando Veríssimo, Angeli e Ziraldo.

19h15 - "O romance dentro do romance", com Chico Buarque e Paul Auster.

11 de julho (domingo):

10h - Palestra cancelada - todos de ressaca.

11h30 - "O recado de Rosa", com José Miguel Wisnik.

15h - "Diálogos", com Ian McEwan e Martin Amis.

16h45 - "Literatura de estimação", vários autores

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E é claro que de 8-10 julho estará rolando certa Oficina Literária com novos autores.

$: 5 reias na tenda aberta (via telão) e 15 na fechada.

Dormiu mal ou mal dormiu?

terça-feira, maio 18, 2004

Rio 2016 ? cidade PRÉ-candidata

A falta de post corresponde à falta de tempo, mas certas coisas não dão para passar. Então o Rio não vai ser a sede das Olimpíadas de 2012, o que qualquer carioca com o mínimo de inteligência já sabia, e vem o Nuzman e solta a seguinte pérola:

"Estamos no caminho certo. Desde já somos candidatos a 2016"

Como diria Ancelmo Góis, espera lá, este é o meu, o seu, o nosso dinheiro público que está indo para o ralo com essa brincadeira de Olimpíadas no Rio. Alguém acha que de tanto perder vamos conseguir fazer um caderno de encargos tão perfeito que nos valerá os Jogos? Isso é balela, é dinheiro sendo lavado, é 30 mil reais mensais de assessoria de imprensa do COB, é passagens e mais passagens de avião para dirigentes e políticos visitarem as paradisíacas Santo Domingo, Atenas, Sydney.

Quanta roubalheira, Brasil. CPI neles!


segunda-feira, maio 17, 2004

1994

Assistindo Forrest Gump. Um filme e uma época. O que você estava fazendo dez anos atrás?


Blowin' in the wind - Bob Dylan


How many roads must a man walk down
before you call him a man?
How many seas must a white dove sail
before she sleeps in the sand?
How many times must tha cannon balls fly?
before they're forever banned
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

How many years can a mountain exist
before it is washed to the sea?
How many years can some people exist
before they're allowed to be free?
How many times can a man turn his head
and pretend that he just doesn't see?
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

How many times must a man look up
before he can see the sky?
How many years must a man have
before he can hear people cry?
and how many deaths will it take till he knows
That too many people have died?
The answer my friend is blowing in the wind
The answer is blowing in the wind

domingo, maio 16, 2004

Onde está o dinheiro?

"A gente sai perdendo. O sacrifício não está valendo. Não adianta nada economizar ficando fora do Maracanã, se não estamos recebendo os salários em dia. Todo mundo sabe que as dimensões do campo aqui são menores do que no Maracanã", esbravejou Felipe.

Pois é, eu avisei no mês passado que jogar em Volta Redonda seria assinar o atestado de desistência do Brasileirão. Mesmo ganhando 100 mil reais por jogo, a beócia diretoria do Flamengo não trouxe nenhum reforço para o campeonato e olha só aonde estamos.

Jogar longe do Rio, em estádio em que torcedor de bandeirinha fica gritando "Brasil, Brasil", "Em cima e baixo e puxa e vai" e vaiando com cinco minutos dá nisso. O time é fraco, mas essa posição é culpa do desempenho da equipe "em casa".

sexta-feira, maio 14, 2004

Uai

Tentou uma punheta literária. Broxou.

quinta-feira, maio 13, 2004

Vício novo

Hattrick

quarta-feira, maio 12, 2004

Agora pode bater

Com a modinha de pit boys arrumarem confusões e porradas nas boates do Rio, boa parte dos seguranças, que sempre sonhou em espancar os frequentadores das casas noturnas aonde trabalham, tem carta branca para isso.

Este e-mail, com descrição chocante de um fato ocorrido no último fim de semana, chegou a minha caixa de mensagens ontem. Eu nem conheço os agredidos, mas estou indignado:

"No último sábado, dia 08/05, minha irmã Priscila comemorou seu aniversário de 21 anos na Boate Nova em Ipanema. Tirando a grosseria e falta de educação das promoters na porta, que fizeram confusão com a lista de convidados, tudo correu bem até às 2:30 h da madrugada. Por volta deste horário, dois rapazes começaram a brigar no 2º andar, e os seguranças apareceram para separar. No entanto, além de levarem na base dos socos e tapas um dos rapazes para o primeiro andar, pegaram também meus amigos (Fábio e Samuel) e meu irmão (Rafael) que estavam no bar ao lado da briga, e os levaram para baixo com violência. Vale ressaltar que não conhecemos nenhum dos brigões.

Eu que voltava do banheiro, também desci, sendo seguido por um segurança que já chegou me empurrando na escada. Lá embaixo, o outro rapaz que tinha brigado e aparentemente conhecia os seguranças, já que não foi agredido, tentava explicar para estes que eu e meus amigos nada tínhamos a ver com a briga, no que foi respondido: - Agora não interessa, vai todo mundo pra fora. É claro, depois que eles já haviam batido, não iam voltar atrás. Ainda na tentativa de resolver a situação, afinal de contas as agressões contra a gente ainda eram apenas tapas e empurrões, chamei um dos seguranças para escutar o que o rapaz que havia brigado tinha a dizer. A resposta do animal foi um empurrão, seguido de um aviso para não encostá-lo. Com o empurrão caí em cima do segurança Marcelo Esteves Sotello de quase 2 metros de altura, que me levantou pela gola e me deu um tapa na cara. Tudo isso, ocorrendo num cubículo no 1º andar onde fica o caixa.

Minha irmã, que já estava no local, vendo que o segurança ia continuar a me agredir, entrou na frente e disse para ele parar, sendo advertida pelo "ogro" que se não saísse da frente ia apanhar também. Nisso outro segurança me deu uma gravata por trás, enquanto Marcelo conseguiu me atingir novamente. Nesta hora, meu irmão Rafael se agarrou com o animal e ambos caíram no chão. Nisso todos os seguranças partiram pra cima do meu irmão (só pra constar ele tem 1,60m) e segurando pelo cabelo começaram a bater na cara e no corpo dele. Eu assistia a tudo preso na gravata do segurança, aliás o único sensato, pois não me agrediu e apenas pedia para eu ficar calmo e não reagir. Dois outros amigos conseguiram salvar o meu irmão que caiu encostado na parede ao meu lado todo ensanguentado e chorando, pedindo pros amigos pra tirarem ele dali que os seguranças iam matá-lo.

Nesta hora, sem nenhum motivo, os seguranças voltaram sua ira para o meu amigo Fábio, que sofreu a mesma sessão de espancamento do Rafael, e novamente ainda preso na gravata, pude assistir a tudo, e até agora me lembro da cara de desespero do meu amigo tentando se defender dos golpes. Não satisfeitos, enquanto Fábio apanhava, o segurança Marcelo ao perceber que minha irmã estava ao seu lado, deu-lhe um soco na cara, tendo esta quase caído no chão. Da gravata pude ver, várias garotas desconhecidas que tentavam descer para o primeiro andar, e se encontravam na escada vendo tudo, chorando e gritando para os seguranças pararem pois iam matar os meninos, tão chocante era a cena.

Aliás, o segurança que me prendia pedia calma para os outros, e pude escutá-lo dizendo: -Calma Marcelo, você vai matá-lo. Quando tudo estava acalmando, pedi para o segurança me soltar, e depois de prometer que nada ia fazer, ele me soltou. Fui discretamente até o caixa, pegar meu comprovante para tentar sair. Como eles estavam descontrolados e nos prendendo ali, sem nem deixar telefonar, percebi que só saindo dali poderia conseguir ajuda. Fui feliz, e consegui pegar meu comprovante desarpecebido, mas na hora de sair, passei por um corredor polonês, sendo agarrado e golpeado novamente pelo segurança Marcelo, que disse que ía me matar se me visse de novo. Peguei um taxi e corri para a 14ª DP.

Ainda lá dentro, pegaram novamente Fábio e disseram que ele ia apanhar mais um pouco, sendo mais um vez linchado. Na hora que conseguiram sair Marcelo ainda ficou mostrando a língua e mandando beijos para minha irmã. Passamos a madrugada na delegacia e no hospital Miguel Couto (minha irmã ganhou com presente da boate uma suspeita de fratura), chegando em casa às 10:00h da manhã e à tarde ainda fomos ao IML. Foi um ótimo Dia das Mães para minha mãe, que juntamente com meu pai, nos acompanharam o tempo todo.

Tenho medo de que tudo isso acabe em injustiça, pois todo mundo sabe que muitas vezes o tráfico de influências prevalece sobre a lei. Com toda essa história de pit boys na mídia, alguns seguranças despreparados estão se sentindo à vontade para fazerem o que bem entendem. Quem sofre com tudo isso são as pessoas que só querem se divertir. Já tinha aprendido às duras penas que na night muitas vezes era melhor engolir as provocações e até mesmo agressões em prol de proteger a integridade física, mas agora não sei mais o que fazer. Só sei que na Boate Nova eu não piso mais. Pagar R$50,00 para apanhar, nunca mais.

Em anexo vão duas reportagens de confusões que ocorreram nesta boate, uma em abril e a outra nesta mesma semana, aliás nesta última, reparem no nome do segurança envolvido: Marcelo Esteves Sotello, o pivô das agressões. Não estou dando razão a ninguém nesse casos, mas que é muita confusão em pouco tempo, é. Como Deus é justo, nada de muito grave aconteceu com meus amigos, além de inchaços, arranhões e escoriações. No meu caso, a dor maior é interna. Passei duas noites sem dormir só pensando nas cenas de terror que vi. Só ontem consegui descansar um pouco e reunir forças para escrever. Pelo menos deixei a delegacia um pouco reconfortado, pois Marcelo depois de depor foi direto para uma cela na Polinter porque já tinha mandado de prisão por não pagar pensão. Agradeço a todo mundo que soube e que ligou dando força. Muito obrigado. Agora é só esperar e torcer para que a justiça seja feita. A todos que receberem este e-mail eu peço que passe adiante para todo mundo que conheçam. Desculpe incomodar, mas tudo o que eu puder fazer para que este absurdo, esta violência sem razão, não termine em pizza, eu farei. Um abraço,
Felipe Colonese Schaumburg"

terça-feira, maio 11, 2004

Burning ears

Talvez alguém sopre meus ouvidos e afaste as verdades que falam quando estou ausente.

segunda-feira, maio 10, 2004

Exercício 3

Nu na frente do espelho. Livre na beira d´água. A maré engolindo meus dedos, e devolvendo tatuís pelas solas dos pés. O sol morrendo no horizonte e logo as ondas quebrarão minhas canelas. Caio. O rosto atravessa o espelho de Alice, a boca se enche de susto e não grita. Palpita meu coração sozinho e retorno vivo do mundo invertido. A mão alisa os cabelos molhados, algas soltas, presas na minha memória. Agora é o fim, tarde, o sol vai dando seu último bocejo estridente. Águas vivas bóiam ao meu lado, queimam meu rosto, é o sol que mancha de vermelho esta tarde. Claro que é de propósito. Borges pode me salvar. A linguagem não mostra saída. Eu estou dentro do espelho, Alice grita o meu nome, pena não ser Gustavo ou José. Eles me salvariam. Alice me chama, é chegada a hora, ardem meus braços, viva, a água, morre no fim de tarde o sol. Eu saio pingando, e sou apenas um homem sem toalha.

Eta roupa cara

Então tá, a Folha diz que o fardão dos imortais custa 50 mil reais cada, com alfaiate dono de monopólio, e que exige pagamento adiantado, e ninguém fala nada? Todo mundo sabe que uma casa que elege Marco Maciel como imortal não pode ser levada muito à sério, mas a brincadeirinha de ficar tomando chá das cinco às 15h30 tá ficando cara demais.

Teria mais a falar, mas a prudência...

Uau

Eu sou meio passional com livros. Um livro quando me agrada, me afeta, coloca no espírito da trama, sai das páginas para o meu corpo. Eu somatizo um pouco o livro, e gosto disso.
Não precisa ser assim, não precisaria ser assim. Mas eu gosto. De me sentir angustiado, de comer queijo quente domingo à noite, beber coca em copo de requeijão, fumar um cigarro na janela, dizer adeus ao invés de tchau. Para mim, gostar de um livro é não lê-lo, economiza-lo ao máximo, brincar com limites de página diárias, garantir o sentimento expresso por dois dias, seis, nove. Dez. Desistir de gostar de um livro é mais complicado. Requer esforço, paciência. Microscópio. Gostar de um livro não tem sentido, explicação. Cronópio. Não gostar tem, uso de primeira pessoa exagerada, metáforas banais, incapacidade de comunicação. Escrita torta, porca, morta. Eu gosto deste livro, qual?, ainda não. Eu gosto desse livro. Estou gostando e tal. Poupando, e mau avanço duas páginas, e tal, adormeceu e, mau acordo e tenho que revisar 27 matérias. Fim de folga.

sexta-feira, maio 07, 2004

O homem no elevador

Outro dia o Marcelo encontrou o Ariano Suassuna no elevador do Sesc Copa. Não sem motivo. Ontem rolou um debate com ele, Luiz Fernando Carvalho, Guel Arraes e outros sobre a obra do próprio dramaturgo. Nem sabia. Li agora no jornal.

Hoje também tem Suassuna no Sesc. Aula-espetáculo (o que seria isso?) com o mestre nordestino às 20h. Dez pila. Cinco para estudantes. Amanhã rola repeteco no meio da tarde, às 17h. Nem sabia. Li agora no jornal.

Merecidas

Folgas.

quinta-feira, maio 06, 2004

Amilcar Bettega Barbosa

Pelo que andei ouvindo e lendo, o novo livro do gaúcho Amilcar Bettega Barbosa, Os lados do círculo, promete. O anterior, Deixe o quarto como está, também é muito bom.

À conferir.

Negreiros

É um biscoito? É um navio? Não, é o novo Bujica da Gávea!

Reportagem sobre basquete

Excelente matéria no UOL Esporte sobre as chances dos jogadores brasileiros serem escolhidos no draft da NBA. Parabéns para o repórter Bruno Doro, que não conheço, pela reportagem. Ele seguiu um olheiro americano em algumas partidas em São Paulo e colheu algumas impressões dele. A matéria tem erros de informação que chegam a comprometer, mas a matéria é raríssima em termos de imprensa brasileira.

Minhas expectativas são menos otimistas.

quarta-feira, maio 05, 2004

O famoso "peganínguem"

Do Lancenet:

- Desde quando eu fui para Cleveland me preparar para os playoffs [o certo seria draft] eu não tinha ficado mais com ninguém. Precisava saber umas palavras em inglês para saber o que falar para uma garota, tipo "bonita", "maravilhosa". Olhei no dicionário e vi algumas frases que eu conhecia que eu podia usar. E deu certo. O bom é que esse contato com ela me deixa muito mais interessado em melhorar meu inglês.

Mas agora, com a dinheirama da NBA no bolso, tá desfilando por aí com uma loiraça americana. Boa, Leandrinho!

Literatura e boêmia

Consegui terminar o trabalho às 20h e fui ontem no encontro cortaziano, na Livraria Al' Farabi, no Centro. Valeu muito a pena correr para lá, e encontrar os amigos Marcelo e Paula, Augusto Sales, Mara, Mariel e Cuenca.

Depois do encontro literário, a esticada boêmia (com a chegada da Bá): Adega do Timão e depois Estudantina, com jabá do Moutinho, que nos conseguiu bebida e salgadinho de graça.

Mês que vem tem mais....

terça-feira, maio 04, 2004

Babacas

Peguei a porra de um vírus W32.Sasser.b e perdi quase uma hora para limpar o computador. Um saco. Sugiro aos amigos passar o Norton, e, principalmente irem ao site da Symantec para fazer a verificação sobre esse vírus específico.

Encontro de Cronópios

Fonte: Epiderme

"Encontro de Cronópios é o nome do evento que pretende reunir - além dos famas, esperanças e cronópios - leitores e curiosos acerca do escritor argentino Julio Cortázar.

O encontro acontece todas as primeiras terças, de abril a julho, sempre às 19 horas, na Livraria Al´Farabi - Rua do Rosário, 32, Centro do Rio e traz para o público algo do universo do escritor.

No próximo dia 04 de maio atores estarão lendo contos de Julio Cortazar, entre eles 'Simulacros'. Haverá performance da atriz Andréa Claudia Bernardino que interpretará o capítulo 07 da famosa obra 'O Jogo da Amarelinha' que será ilustrada com algumas surpresas. Nos intervalos das apresentações o DJ Claudio Nabuco estará nos servindo de tangos de autoria do escritor e muito, muito jazz. Quem estiver no dia poderá ser sorteado com livros de Julio Cortazar cedidos pelas editoras Record e José Olympio.

Programação Geral

*Encontros de Cronópios *

todas as primeiras terças, de abril a julho, às 19 horas

Na Livraria Al´Farabi
Rua do Rosário, 32 - Centro
perto do Centro Cultural dos Correios

06 de abril > Primeiro Improviso : jazz

04 de maio > "Esse cotidiano fantástico" : contos

01 de junho > "Adeus, Robinson" : inspirações

06 de julho > "Blow Up" e otras cositas mas : cine

30 de julho (sábado) > Cortázar para dar e vender : feira livre"

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Infelizmente não poderei ir por questões de trabalho. Se alguém aparecer por lá, me conte como foi!

Quem quiser saber um pouquinho sobre Cortázar, que tal ler aqui um perfil que fiz para a Paralelos?

segunda-feira, maio 03, 2004

Mais uma vez Flamengo

Meu assunto favorito, como quem lê este blog sabe, é o Flamengo. Continuo com a polêmica: para que jogar 16 jogos em Volta Redonda? Pela segunda partida consecutiva o time não conseguiu vencer “em casa”.

Pela declaração do Felipe, os jogadores já estão cheios de atuar por lá, com uma torcidinha que vai ao estádio como se estivesse indo ao cinema ou rodeio:

“A torcida daqui só se manifesta na hora do gol. Não empurra o time. Acho que a diretoria deveria rever esta história de jogar fora do Rio, longe do Maracamã”

Pois é, zona do rebaixamento, atrás do Corinthians (!), tá triste a situação. Parece que os dirigentes esqueceram de olhar a tabela de classificação do ano passado, quando o Flamengo venceu apenas dois jogos dos 21 disputados fora de casa. Como Volta Redonda não é Maracanã, o Flamengo fica reduzido aos seis clássicos e as três outras partidas (Corinthians, Cruzeiro e Grêmio) marcadas para a capital.

Agora o lado da diretoria. Pelo que me disseram, o Flamengo ganha 100 mil reais limpos para jogar por lá e mais um agrado da bilheteria + placas de publicidade. No primeiro jogo, contra a Ponte, sobraram 150 mil no total para os cofres rubro-negros.

Não é tanto assim, mas comparado com os 80 mil (totais) que o Flamengo ganhou em TODO o campeonato passado pelas abusivas taxas cobradas pela Suderj-Maracanã (leia-se Chiquinho da Mangueira), já é uma bolada e tanto.

O problema é que a diretoria do Flamengo segue devagar em contratar um atacante top. França tá enrolando, Deivid escapou para os Santos. Não me digam que até o caneleiro do Christian nós vamos perder. Ficar com Jean apenas, como vimos ontem, não dá!

Sem falar em zagueiros. Jogar com Henrique (ou Jbaiano) é quase tentativa de suicídio.

Guilhermes

Este blog ficou abandonado no fim de semana por absoluta falta de tempo. Mudança de rotina no trabalho, com dois jogos ao vivo para fazer a crônica, e aniversário de dois amigos Guilhermes. Voltamos a programação normal.

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