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quarta-feira, novembro 28, 2007

Download de livros

Não custumo falar de trabalho aqui, mas acho que essa é uma questão pertinente. Ontem ligou um autor para a editora. Disse que deu um google no seu nome + o título do livro para ver se tinha saído alguma resenha e... bum.
Lá estava, no primeiro link, um site em que seu livro poderia ser baixado em sua integra. Queria saber se a editora sabia disso, e o que faria.
A editora não sabia.
Mas vai notificar o site. Oferecer o conteúdo integral do livro é ilegal, como sabemos.
Por coincidência, esse site do primeiro link já estava com um aviso de que o download não era mais possível, por questões de dúvida quanto a liberação do autor/ ou detentores do direito autoral da obra.
Dúvida, sei...
Mas nada adianta, outros virão. No quinto link da pesquisa do google, novo local para baixar o livro.
Eu sei que livros como Harry Potter já estão na rede há anos. Clássicos estrangeiros e brasileiros também. Mas isso ainda era muito distante, um debate que não me interessava. Mas quando um autor brasileiro, novo, que lançou um livro há três meses passa por isso, acho que a coisa muda de figura.
Ele vai vender menos livros por sua obra estar inteira na internet? Ele está sendo lesado intelectualmente, já que o livro pode estar com parágrafos truncados, erros de revisão etc.?
Essas perguntinhas básicas são caducas em termos de música, mas e agora que o problema chegou aos livros?
Sinceramente o debate parece infrutífero, mas necessário. Acho que é um caminho sem volta, mas discutível. Novos casos pipocarão nos próximos meses...

segunda-feira, novembro 26, 2007


Adendo: e ainda colocamos o Toró na Seleção!

segunda-feira, novembro 19, 2007

Eu acredito que a rotina é um grande tema literário. A perturbação da rotina, então. Uma das idéias de argumento de conto que tenho anotado em meu caderno é a seguinte: todo dia um homem vai ao banheiro e vê sete pedacinhos de sabão no mictório da empresa. Até que um dia conta apenas seis. Só precisa disso. Quase uma piada interna que a rotina apronta.

Mas eu não tenho escrito contos...

Esses seis, e não sete, pedaços de sabão, geram outro tema literário interessante: a questão de sinais. Passamos a vida inteira à procura de que algo divino, improvável nos aponte uma direção. Todo dia passo por uma mesma placa: aluga-se para fins comerciais. Um galhardete pequeno, rosa, pendurado numa janela. Se algum dia aquela placa não estiver mais lá, prometo, tomarei uma decisão que sempre procuro adiar.

Hoje ela não estava.

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